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25 de mai. de 2013

Capítulo Catorze!


-É loucura se eu disser que te amo?
-Bom, somos dois loucos então.

-Sério que você já está planejando essa festa?- ela perguntou, sentando-se no colo do menino. Assim que o fez, ele se levantou rapidamente, com a cabeça em um outro lugar qualquer e o telefone nas mãos, junto à um caderninho.
-Minha semana de provas é a mesma do aniversário de vocês- ele lembrou, ainda assim sem prestar muita atenção no que ele mesmo dizia- Eu não vou ter tempo se deixar pra fazer tudo em cima da hora.
-Joe, eu já falei que não ligo pra essa festa- ela revirou os olhos, um pouco quieta demais em seu canto depois de ele não ter-lhe dado atenção.
-Acredite, a Caty liga- ele afirmou- Desculpa- pediu, suspirando e se aproximando dela novamente, largando as anotações de lado e abraçando-a carinhosamente- Você sabe que só faz 19 anos uma vez na vida.
-Claro, assim como só faço 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8...
-Tá, entendi- ele sorriu, interrompendo-a- Mas eu queria fazer alguma coisa especial, já que vocês não querem uma festa imensa. Podemos fazer uma festinha particular- ele sussurrou malicioso no ouvido dela.
-Eu, você e a Caty- a menina concertou, um pouco séria demais. Tudo dentro dela parecia girar e girar sem parar um momento sequer.
-Certo, mas...- ele pensou um pouco- Tudo bem. Eu posso deixar pra fazer isso tudo mais tarde- decidiu.
-Assim que eu gosto- ela tentou forçar um sorriso, mas foi em vão.
-Eu estou te achando muito estranha esses dias, Demi- Joe comentou, um pouco incomodado também com o assunto.
A menina temeu que ele começasse com as perguntas. Não queria admitir que estava amedrontada por dentro, pelo fato de que daqui a mais ou menos um mês seria seu aniversário, assim como o de Caty. Era como uma... tradição. Já fazia tempo que as duas comemoravam juntas e não seria diferente dessa vez. Demi e Caty conversavam diariamente e isso era sempre um desafio. Às vezes, ao conversar com Caty enquanto estava no colo de Joe, parecia o maior erro que já cometera em sua vida. A pior traição.
E agora com o aniversário... ah, comentei que Caty viria até Nova York? Que passaria uma semana na casa de Joe e que estava quase soltando fogos de artifício por causa disso? Pois é... o que martelava a cabeça de Demi era o que fariam durante esse tempo. Como ela e Joe reagiriam a isso, ou melhor, como ela ficaria longe dele durante esse tempo, sem ter que admitir que tinha medo, sem ter que dizer na cara dele “Caty é apaixonada por você e eu estou traindo a confiança da minha melhor amiga”.
Bom, ela não conseguiria ficar longe dele porque o menino não permitiria.
Ela o beijou, com delicadeza, esperando que isso fizesse com que todas as perguntas dele sumissem. Sabia que não iria funcionar, mas pelo menos ele não a forçaria a contar aquilo tudo que girava em torno de seu coração e de sua cabeça.
Depois do que aconteceu na banheira, durante a tentativa frustrada de dar um banho em Milla_ há algumas semanas atrás_ ambos não tinham tocado no assunto. O que havia para ser dito, afinal? Na realidade, eles queriam ter ido muito além daquilo, mas não aconteceu. Porquê? Essa era a pergunta que passava pela cabeça deles.
Os dois queriam, isso ficava mais claro a cada beijo que davam, e oportunidades não faltavam. Mas por alguma razão, o sub consciente de Demi ainda a proibia de ir além. Com certeza o arrependimento seria bem maior. Afinal, não seriam apenas beijos.
-Ok, você não quer me falar- ele deu de ombros, rindo sem humor- Não tem problema- garantiu- Só promete que vai me contar se o problema for eu?- pediu acariciando a bochecha dela.
A menina fechou os olhos e respirou fundo. Levou uma de suas mãos até a nuca de Joe e o beijou novamente.
-Então o problema sou eu?- ele perguntou, mas seu tom de voz indicava mais uma certeza.
-Não, você não é nem de longe o meu problema- ela sussurrou. Não era mentira. O único problema ali era o que ela sentia por ele.
-Sabe o que eu mais gostei em você? Desde o primeiro dia em que eu te vi?- ele questionou, brincando com os dedos dela. A mudança repentina de assunto a deixou um pouco desconfiada, mas pensando bem era melhor que permanecesse assim.
-Essa eu quero saber- brincou, mesmo que com a voz nada alegre- Você gostou de alguma coisa no primeiro dia em que me viu?- ela sorriu, um sorriso fraco, mas que demonstrava a alegria mais pura por ele não ter guardado uma impressão tão ruim desse dia.
-Além de você ser linda- ele começou, alisando a cintura dela enquanto a abraçava de lado- O seu sorriso é o mais... verdadeiro e encantador que eu já vi- afirmou, vendo-a corar antes de esconder sua cabeça- E é por isso que eu quero sempre poder ver você com ele.
-Não me fala essas coisas, eu não sei como responder- ela sorriu, manhosa, ainda com o rosto escondido.
-Olha pra mim- ele pediu, aproximando seus rostos. Ela desviou o olhar, envergonhada demais para olhar nos olhos dele. Geralmente era assim, ela não conseguia conter a timidez ao ficar tão próxima- Você pode me responder assim- ele sugeriu, encarando o sorriso que ela tinha nos lábios. Aquele sorriso que ele amava.
-Como se um sorriso fosse suficiente- ela disse- Não pode comprar com as coisas que você me fala, nem com o que você faz- advertiu.
-Te ver sorrindo é a única coisa que eu quero em troca, tudo bem?- sorriu e a menina assentiu, sem outra opção. Ele era tão... apaixonante.
-É loucura se eu disser que te amo?- a menina não pode evitar aquelas palavras. Elas simplesmente saíram e não, Demi não se arrependera por tê-las dito. Desde quando dizer a verdade era proibido?
-Bom, somos dois loucos então- ele sussurrou, com um sorriso tímido no rosto.
-E isso quer dizer que...- a menina não o olhou nos olhos, nem mesmo mexeu-se. Permaneceu encarando suas mãos juntas sobre o colo dele, enquanto descansava sua cabeça no pescoço de Joe.
-Que existem muitos... tipos de amor- ele começou, acariciando a mão dela- Só que mesmo em tão pouco tempo você fez com que eu me apaixonasse por você- confessou.
-Você está apaixonado por mim?- ela sentiu-se na obrigação de perguntar.
-Não era o que eu esperava quando você chegou aqui- ele começou, sua voz calma e suave a deixava menos tensa- Eu não sabia direito o que ia acontecer, mas não era minha intenção fazer nada disso. Só que... aconteceu. Por algum motivo eu gostei de você, eu me preocupei- admitiu- Sobre paixão... eu não sei se quero te dizer isso agora, desse jeito. Porque sim, eu te amo, e isso aconteceu de uma hora para a outra, mas aconteceu. Agora... apaixonar, eu acho que mesmo tendo certeza, é ruim garantir alguma coisa agora.
-Você me ajudou quando eu precisei e se tornou... mais do que um amigo pra mim- ela forçou um sorriso- Eu te amo sim, te amo porque... eu sinto isso, que eu preciso de você.
-Entende o que eu quero dizer?- ele perguntou depois de um tempo, acariciando o braço dela.
Ela assentiu e o abraçou com mais força.
-Não sei se é exatamente isso que você quis dizer- ela sentou-se de frente para ele, encarando suas próprias mãos- Mas eu acho que... independente do amor, que... por enquanto é de amizade, talvez até um pouco mais do que isso, acho que não temos... intimidade suficiente pra um namoro- ela sussurrou, sua voz tornava-se mais fraca a cada palavra.
-Por mais que aconteça tudo isso entre a gente, por mais que eu queira e você também, eu concordo. O clima não fica estranho e a gente se da super bem- explicou- Você sabe que isso podia não ser o mesmo com um namoro.
-Sim- ela assentiu, aproximando-se novamente enquanto o menino a recebia com carinho- Eu confio em você. Eu sei que não preciso me preocupar com nada porque... nossa, como isso é estranho- riu por um momento, pensativa- Eu mal te conheço, quer dizer, eu não sei muuuuito sobre você, mas... eu acredito em você, e confio, mais do que eu já confiei em alguém que era bem mais próximo de mim.
-Talvez isso tenha alguma coisa a ver com a sua amizade e a da Caty- ele beijou o topo da cabeça dela antes de continuar- Mas eu me sinto na obrigação de cuidar de você.
-E eu te agradeço por isso.
-Ah cara, isso foi meloso demais- ele disse depois de um tempo, com uma careta- Senti nojo de mim mesmo agora- riram juntos.
-Todos têm seus momentos- Demi piscou, sorridente. Devia confessar que amava quando ele tinha seus momentos.
Joe inclinou seu corpo com calma, segurando a nuca dela enquanto juntava seus lábios com vontade. Enquanto se envolviam cada vez mais no momento, seus corpos se movimentavam juntos, estavam deitando no sofá, com calma, quando a cachorrinha pulou sobre os dois novamente.
-Ah Milla, eu vou começar a te prender- o menino resmungou, frustrado- Por um acaso é legal atrapalhar sempre?- questionou, voltando-se para Demi- É ciúmes de você- acusou, divertido.
-Porque você sempre coloca a culpa em mim, hein?!
-Bom, da última vez que eu fiz isso... – ele sorriu malicioso, parecendo pensativo enquanto trazia Demi mais para perto em um movimento rápido- Fiquei bem feliz com o que aconteceu depois- lembrou-se, colocando uma de suas mãos por debaixo da perna dela, puxando-a para seu colo.
A menina sorriu, feliz. Definitivamente estava radiante por tudo que acontecia entre eles. Sentia que faltava muito pouco para que aquilo se tornasse mais sério e íntimo, e repentinamente um medo a invadiu. Porque Caty tinha que aparecer em sua mente bem quando ela achava que estava tudo ótimo?
-E se...- ela suspirou. Não queria falar nada daquilo que viera em sua mente à ele, mas precisava arrumar um jeito de adiar ao máximo o que na realidade era inevitável. Uma hora ou outra aconteceria, claro, ambos estavam já tomados pelo desejo. Mas ela não podia ainda, não enquanto sua consciência a proibia.
-Ninguém é movido a “e se’s”, Demi- ele disse meigo.
-E se eu quisesse, mas achasse que ainda não é a hora?- ela prossegui. Sentia-se ridícula por isso, mas era um grande passo, um grande risco. Ela não estava pronta para jogar tudo por água abaixo.
-Não tem problema- garantiu, compreensivo. Percebia a angústia no olhar dela, e mesmo que não entendesse exatamente o porquê daquilo, ele tentava- Mas nada de “e se”- pediu- É só me dizer que é melhor não acontecer ainda- disse, acariciando o rosto dela.
-Não vai me perguntar por quê?- abriu um pequeno sorrisinho nervoso.
-Você não está nem um pouco a fim de falar sobre isso- Joe riu brevemente, amenizando o clima “tenso”- Não tem porque querer saber, se você se sente melhor assim- deu de ombros, carinhoso.
-Obrigada- agradeceu sincera.
-A não ser que você queira me dizer- sugeriu.
-Estou bem assim- riram juntos.
-É engraçado quando você quer me contar alguma coisa, ou só falar mesmo- ele disse- Parece sempre que você fica apreensiva por causa da minha resposta.
-É que eu nunca sei exatamente como você vai reagir- confessou- Tá, é besteira, porque você nunca se irrita comigo, mas... não consigo evitar.
-Me irritar com você?- o menino ergueu a sobrancelha- Não por causa disso, Demi- afirmou- Eu prefiro que me conte as coisas em vez de fingir que está tudo bem.
-Tá tudo ótimo- garantiu, encolhendo-se no colo dele- Só...
-Eu entendo, fica tranquila- sorriu acariciando o cabelo dela.
-Eu queria te conhecer melhor- sussurrou depois de um tempo- Eu sinto como se te conhecesse há muito tempo, mas mesmo assim parece que falta alguma coisa, sabe? É, eu sei que é confuso.
-Essa semana nós não temos aula- lembrou- Que tal um intensivo de passeios? Vai ser divertido- disse.
-Eu topo- ela sorriu de orelha a orelha.
Continua...

Antes de eu explicar porque sumi assim, vamos falar do capítulo dsjblbkjs
primeiro, eu me enrolei legal nessa parte da idade, desculpem a lerdeza da lesma aqui. No início (quando eu estava escrevendo...) eu confundi as idades, falei que elas iam fazer 18 e associei essa idade à grande festa dos >15< anos, pois é, confundi legal não sei como. Mas ok, até então tava tudo beleza, até eu lembrar que no prólogo_ eu acho_ eu comentei que a Demi tinha 18. Por isso eu tive que mudar pra 19 hehehehe ok, o que foi isso?! ~me ignorem~
Segundo, entendam que a Demi está confusa por causa da Caty. Ela sempre pensa nas consequências... mas calma gente, ela não vai fazer isso durante muito tempo ;)
Agora a explicação... eu comentei que mudei de escola no começo do ano? Se sim ou se não, o que importa é que eu voltei pra minha antiga escola, essa semana (pois é) e a matéria é completamente diferente. Então além de ter que aprender tudo sozinha e muito rápido, eu tô cheia de trabalhos e coisas pra copiar :/ Mal estou ficando muito tempo no computador então tá beeeem difícil :/ Consegui terminar de escrever esse ontem, mas não tenho nem ideia de quando vou escrever o 15 :( Me perdoem.
Comentem, ok? Obrigada por tudo, amo MUITO vocês! <3

AAAAAAA BIAAAAAAA! Eu nem acredito que você voltou! Eu tentei falar contigo pelo twitter, tava super preocupada com o que tinha acontecido, você sumiu :O Mas que bom que você está aqui de novooooo <3 tava >morrendo< de saudades!! te amoooo linda, demais *-*

Beijocas,
Brubs :)

18 de mai. de 2013

Capítulo Treze!


-Adivinha quem ligou assim que você entrou no banho?- ele se aproximou de Demi com um sorriso travesso estampado no rosto. Beijou-lhe o rosto e fez uma carinha fofa- Huuuum que cheirinho bom- comentou sussurrando.
-Caty?!- a menina sugeriu, já certa daquilo. Quem mais poderia ser?
-Exatamente. E ela parecia bem... animada? Não, não sei se ela estava animada, mas queria falar com você- ele deu de ombros- Uma pena. Ela disse que liga mais tarde.
Uma onda de... medo invadiu o corpo de Demi. Isso para não dizer desespero. E se... Joe tivesse falado um pouco mais do que devia à ela? O que Caty faria se soubesse que seu melhor amigo andava beijando sua melhor amiga pelas suas costas? E mais, o que faria quando descobrisse pela boca de alguém que não fosse Demi?
-O que você falou à ela?- perguntou indiferentemente, mesmo que no fundo, tudo dentro dela esperasse ansiosamente por uma resposta.
-Não me lembro nem de metade das coisas- ele confessou, com uma careta- Mas sobre você... hum, eu disse que estávamos nos dando bem- sorriu, contente- Finalmente.
-Só isso?
-Que eu me lembre, sim- afirmou.
-Será que eu podia te pedir um favor?- ela questionou, receosa. Mas precisava fazer aquilo antes que o pior acontecesse.
-Fique à vontade.
-Pode não contar à Caty o que está acontecendo entre nós? Nada do que aconteceu?- pediu, um pouco incomodada por ter que pedir aquilo à ele. Seria um incômodo?
-Tudo bem, mas... porque?- ele quis saber, curioso. Acho que Joe tinha o direito de se perguntar o motivo do pedido.
-Não conta por enquanto, ok? Eu acho que é melhor... até que a gente veja no que isso vai dar- deu de ombros, tentando não aprofundar o assunto ou fugir ao máximo dele.
O menino assentiu, mesmo sabendo que ela não falara de fato tudo o que a levara a tal escolha. De qualquer forma, isso era o que menos importava para ele agora.
-Bom, agora é a minha vez de te pedir um favor- ele disse desafiador e ela não gostou muito de como isso soava... travesso.
-Diga de uma vez- revirou os olhos.
-Preciso dar um banho na Milla- o menino fez uma careta, seguida de uma gargalhada ao ver a expressão dela.
-E eu com isso?- questionou, se afastando- Acabei de tomar um banho- lembrou.
-Tem medo de água, gatinha?- provocou- Vamos lá, só um pouco de espuma, latidos e.... água- deu de ombros, pensativo.
-Só porque você é muito legal comigo- u-u
-Fico muito feliz pelo elogio- segurou-a pelo braço, colando seus lábios ao trazê-la para mais perto.
-Não se anima muito não, hein- advertiu- Anda, temos um banho pra dar!

~~~~~*~~~~*~~~~*~~~*~~~~~

-Se você tivesse me dito que isso incluiria espuma no meu cabelo e um belo arranhão no braço, acho que teria pensado duas vezes- ¬¬
-A culpa não é minha se a Milla não fica quieta- ele resmungou, tentando manter a cadela parada, pelo menos por alguns instantes.
-Também, olha como você joga água na coitada.
-Ah, me poupa!- revirou os olhos- Eu coloquei água na banheira, joguei um sabonete muito cheiroso e ainda está quentinha- ele passou uma das mãos, sentindo a temperatura agradável.
-Desde quando um cachorro liga pra uma banheira, Joe?
-E o que mais você espera que eu faça?
-Sei lá, um curso- sugeriu irônica.
-Quando só tinha eu aqui, ela se comportava, e muito bem- garantiu.
Demi o encarou enquanto sua boca tinha o formato de um “O”. Ele estava mesmo falando que era mais fácil quando ela não estava presente para AJUDAR? Ok, não vamos levar para o lado pessoal. Ambos sabiam que não passava de uma boba implicância e ela estava sendo propositalmente dramática ao fingir estar sentida pelo que ouvira. E claro, vai ver era mais tranquilo mesmo quando ela não estava morando ali. Que mal tem nisso?
-Quer insinuar que eu atrapalho você?- perguntou, parada na mesma posição.
-Se foi o que deu a entender...- ele deu de ombros.
A menina resmungou alguma coisa e virou-se, ficando de costas para ele, pronta para sair do amplo banheiro. Tinha as mãos na cintura e um olhar superior. Se o momento fosse outro, seria uma boa oportunidade de implicar com ela. Paty.
Joe ainda tentava segurar a cachorrinha, o que se tornara mais difícil agora que ela havia soltado. Quatro mãos funcionavam bem melhor que duas naquele aspecto. O sabão facilitava todas as oportunidades de fuga de Milla, que parecia já traçar um plano e sair correndo o mais rápido que pudesse a qualquer instante.
Joe sorriu consigo mesmo, mas Demi manteve a postura firme. Quando estava quase passando pela porta, ele finalmente admitiu precisar dela. Foi nesse momento que, para puxá-la pelo braço_ já que a menina fingia não ouvi-lo chamar_ ele passou a segurar Milla com apenas uma mão. O trabalho que antes era realizado com quatro ( e ainda assim com dificuldade), agora passava para uma mão apenas. Concluindo: fuga e vitória da cadelinha.
O momento foi um pouco estranho e bem rápido. Ele puxou Demi rapidamente, mas acabaram perdendo o equilíbrio ao tentarem segurar a esperta cachorrinha. Tropeçaram juntos e acabaram caindo dentro da banheira, que por sorte não tinha muita água. Ah, imagina se alagassem o banheiro? A briga que não ia surgir pra ver quem ia limpar...
-Ta vendo o que você fez?- ele murmurou, tentando levantar-se.
-Eu? Você começou dizendo que eu não ajudava, pelo contrário- revidou.
Juntos, eles reviraram os olhos e balançaram a cabeça em reprovação. Se o momento não fosse trágico, seria engraçado. Tá, era engraçado demais, tanto que logo depois de perceberem os movimentos milimetricamente iguais que haviam realizado, Joe e Demi caíram na gargalhada, sentindo seus corpos serem tomados pela água lentamente.
Conforme relaxavam na posição em que se encontravam, cada pedacinho de suas roupas era tomado pelo líquido quente e tranquilizante. Ainda com sorrisos bobos e olhares fixos, um beijo intenso e quente foi iniciado.
Não sei exatamente como, mas surgiu uma onda de desejo dentro daqueles dois, algo que estavam escondendo fazia algum tempo. Talvez só agora tivessem permitido a si mesmos que sentissem tal coisa forte dessa maneira.
Demi estava caída por cima do menino, seu corpo junto ao dele sem nenhum medo ou receio, apenas certeza. Queriam sentir aquele contato e ambos sabiam que aquilo era verdade, então porque tentar negar?
O tempo da troca de olhares durou bem mais do que de costume, mas logo iniciaram diversas carícias (mais ousadas do que de costume) e permitiram que seus corpos se ajustassem com o formato da banheira.
Suas pernas rodeavam a cintura de Joe enquanto ele acariciava sua coxa com calma e sutileza. Por alguns momentos ele pensou que talvez ainda não fosse a coisa certa a fazer, mas depois de segundos, mudou de ideia. Não conseguiria conter a si mesmo, não naquele momento, não do jeito como tudo fluía entre eles.
Faíscas pareciam sair dos poucos espaços que ainda restavam entre eles, e algo me diz que se não existisse ali a presença da água, ah, era sim capaz de pegar fogo.
Demi desceu alguns beijos para o pescoço do menino e limitou-se a pensar no que acontecia. Pensar trouxera a ela muitas consequências e ultimamente, quando o assunto era Joe, ela preferia tomar as decisões precipitadamente. No fundinho sabia que não iria se arrepender.
Arranhando levemente o pescoço dele com suas unhas, ela sentiu-o pressionar suas mãos contra sua cintura, de uma forma como nunca havia sentido. Possessivo. Demais.
Juntou seus corpos completamente em um ato ligeiro e sensual e puxou levemente, com cuidado porém ainda intensamente, o cabelo de Demi, fazendo-a inclinar sua cabeça para trás. A menina fechou os olhos ao sentir os beijos ferozes e carinhosos_ ao mesmo tempo_ que ele distribuía em seu colo.
De alguma maneira, um pouco apressada talvez, Demi deu conta de que já estava sem sua blusa, assim como Joe. Ele não a encarou descaradamente, porém beijou-a sem restrições. Quando tudo entre eles tinha ficado tão íntimo? Quando o desejo crescera tão rapidamente que não pode ser nem ao mesmo sentido aos poucos? Ah, vamos lá, aquilo atingiu os dois como uma bomba explodindo dentro de você mesmo!
Assim que iniciaram um beijo lento, exatamente no momento em que Joe levara suas mãos até o rosto dela, Milla pulou entre eles, latindo escandalosamente.
-Que susto!- ela levou uma das mãos ao peito, afastando-se depressa. Acho que foi somente nesse momento que ela percebeu o quão longe estavam indo.
-Isso que eu chamo de cortar o clima- ele murmurou em tom baixo, fazendo-a rir timidamente.
-Então agora você quer tomar banho?- Demi voltou-se para a cadela, talvez tentando conter o ímpeto de sair correndo dali. Falar com Milla era definitivamente mil vezes mais fácil do que encarar Joe no momento.
Brincou mais um tempo com ela, tempo o bastante para acalmar sua respiração, seus hormônios. Acalmar tudo, exatamente tudo dentro de si.
Joe mexia no cabelo com uma das mãos, o que lhe dava uma pose incrivelmente sexy dentro daquela banheira, praticamente deitado e ainda por cima com aquelas gotas de água molhando seu peito descoberto. Aquilo significava quase o mesmo que ela sentia... um pouco de receio por não saber o que fazer.
Demi sentia suas bochechas queimando, mas conteve-se a tempo. Milla ainda abanava o rabinho, toda contente, sem nem imaginar o que havia causado.
-É melhor aproveitarmos enquanto ela ainda quer cooperar- ele deu de ombros e a menina assentiu.
Antes de conseguir processar qualquer coisa em sua cabeça, antes de se mover para longe dele e sair da banheira, Joe colocou uma de suas mãos sobre a dela, sutilmente, e as encarou por muito pouco tempo. Mas tempo o suficiente para deixa-la bem curiosa sobre o que ele pensava há segundos atrás. A menina levantou seu rosto, encarando-o enquanto continuava com o desafio de respirar corretamente. Em sua cabeça, ela contava de 1 a 10, como quem tenta manter a calma. Tudo em vão.
Depois de uma breve parada, Joe lhe deu um selinho demorado, calma e carinhosamente. Não sei se essa era a verdadeira intenção, mas aquilo, por sei lá que motivo, a fez sentir-se calma e relaxada sobre a situação. Não estava preocupada ou nervosa pelo que poderia ter acontecido, muito menos pela ideia de que teria continuado. Ela se sentiu segura e aquilo foi como se ele afirmasse que estava tudo bem.
-Só quero que saiba que eu não teria parado- ele sussurrou, com toda a sinceridade e ela pode sentir isso ao ouvir aquelas palavras. Ele queria ser o mais verdadeiro possível com ela, em relação à tudo. Não queria dar a entender que não teria parado porque ela só mais uma, e sim porque ele realmente desejava aquilo. E como desejava.
-É, nem eu- ela deu de ombros, rindo timidamente. Ele sorriu, um sorriso meigo que a fez beijá-lo novamente.
Continua...

Acho que vocês nunca sentiram tanta raiva de uma criaturinha dessas, né?! hahaha eu acho que gosto de trollar vocês... apenas acho haha
Comentem, ok? Por favor! Eu só postei porque tinha dito para a Val que postaria, mas só 7? :( Bubu ta triste :(
P.s.: AMEI esse capítulo djebodfuewp hihi 

Beijocas, amo vocês!
Brubs <3


15 de mai. de 2013

Capítulo Doze!


-Ok, agora você pode me dizer porque está me ignorando- ele pediu, fechando a porta atrás de si.
-Não estou te ignorando.
-Tá, então porque sempre se afasta quando eu chego perto de você?- questionou- Depois do filme você nem sequer me olhava.
-Não é culpa sua o que está acontecendo- disse- Só fiquei triste porque algumas coisas me incomodam.
-Primeiro, o que está acontecendo?- Joe se aproximou, confuso- E o que te incomoda?
-Ta bem, o que eu ia te falar era que eu não sei se eu quero continuar com isso de beijos e...- ela respirou fundo, mexendo no cabelo em sinal de nervosismo. Era complicado admitir isso, ou melhor, dizer isso à ele. Ela não estava admitindo absolutamente nada, porque chegava a doer ter que deixar essas palavras saírem de sua boca.
Sua única dúvida era o que ele pensaria sobre isso. Demi desejava Joe, queria beijá-lo até não poder mais, queria ficar para sempre junto à ele, mas não do jeito que tudo estava acontecendo. Tinha medo de que ele achasse que ela não queria nada disso, porém também temia que esse sentimento desconhecido que crescia pertencesse apenas à ela.
Queria que Joe correspondesse ao que ela sentia, porque se aquela situação não incomodasse à ele assim como fazia com ela, não tinha certeza do que poderia acontecer. O que ele faria? Preferiria esquecê-la e viver sua vida com alguma menina que também gostasse de relacionamentos sem compromisso?
-E nada- ele completou, rindo sem humor- São só beijos, Demi- ele lembrou.
-E é exatamente esse o problema. Eu gosto demais de você pra isso, pra só um beijo na hora que der vontade- confessou.
-Você está dizendo que... quer alguma coisa séria?- ele perguntou. Ela esperava uma careta acompanhando a pergunta, ou alguma expressão de desgosto. Mas ele parecia tratar o assunto com a mesma seriedade que ela.
-Olha, um dos “medos” que eu criei depois do que aconteceu foi me sentir muito mal quando alguém queria de mim tudo o que eu tinha só por um momento, só quando eles queriam. Não estou dizendo que está me usando, longe disso. Mas incomoda.
-Eu entendo- ele forçou um sorriso- É que eu não pensei que quisesse cair fundo em um relacionamento agora, acabamos de nos conhecer.
-E isso é o suficiente pra você me beijar quando quiser- sussurrou.
-Com toda sinceridade, eu realmente sinto alguma coisa muito forte por você- ele garantiu-  Só não tenho certeza se isso é suficiente pra um namoro, não agora.
-A única coisa que eu queria saber é se você... também quer que isso continue.
-Eu quero- ele afirmou, olhando-a dentro dos olhos.
-Não preciso de um pedido de namoro, Joe- ela forçou um sorriso- Não agora- ele sorriu também ao ouvi-la concordar com ele- Só que... desse jeito eu não quero continuar.
-Mas o que te incomoda?- perguntou atencioso.
-Você ficou com a Clara?- Demi soltou a pergunta que estava presa em sua garganta há muito tempo. Era exatamente disso que ela precisava saber.
-Não- o menino negou firmemente- Por causa de você- disse.
-Como assim por causa de mim?- questionou confusa. Seu coração já batia em uma velocidade fora do normal ao ouvi-lo e ao perceber que ele realmente se importava com ela.
-Pra mim você não é uma brincadeirinha, Demi- afirmou- Definitivamente você também não é alguém que eu beijo quando quero passar o tempo.
-É sério isso?- a menina perguntou com uma risada abafada.
-Você não precisava ter ficado incomodada por tanto tempo. Eu não fiquei com nenhuma menina durante isso que nós andamos tendo.
-E quando você disse que foi procurar alguém que quisesse sua companhia?- ela brincou, com um sorriso travesso. Mas é claro que queria saber.
-Eu estava na casa do Bernardo- ele gargalhou, aproximando-se e rodeando-a na cintura com seus braços.
-Seu idiota!- ela bateu levemente no peito dele, levantando sua cabeça logo depois e encarando-o profundamente.
-Um dia eu falei que não te magoaria, lembra disso?- perguntou, parecendo pensativo. Ela assentiu e o menino sorriu- É verdade, tá?!
-Não sei como, mas eu tenho certeza que é- afirmou, juntando seus lábios.
Joe a levantou do chão, amando ouvir a linda risada da menina. Ela com certeza tinha alguma coisa especial, diferente de todas. Seu sorriso era sempre tão verdadeiro e atraente. Seus olhos brilhavam demonstrando inocência e transparência. Nada de mentiras ou segredos, apenas a verdade pura expressa a partir de simples gestos.
-Que tal um passeio noturno pelas ruas de Nova York?- sugeriu.

~~~*~~~*~~~*~~~*~~~

Assim que deixaram o apartamento, ambos foram pegos por uma onda de silêncio e incertezas. Joe, depois de recear um pouco, optou por segurar a mão da menina, e tentou fazê-lo da forma mais natural possível. Porém nenhum dos dois sabia exatamente como reagir à tal ato. Ela não esperava por isso, ou talvez até existisse uma pontinha de dúvida dentro de si. Já ele pretendia tornar aquilo mais e mais íntimo, sem perder a calma. Não era necessário um namoro para dar as mãos. E o que era isso comparado ao que eles já haviam feito?
É claro que logo o clima voltou ao normal, sem esforço algum. Foram apenas  alguns poucos segundos de confusões mentais e dificuldades para distinguir a realidade dos sonhos. Nada muito fora do normal.
-hum, Starbucks- ela lambeu os lábios, brincalhona.
-Ah não! Todo mundo que vêm aqui sempre toma um café- revirou os olhos- Vou te levar à um lugar diferente.
-Ok, mas eu estou com fome- u.u
-Beleza, que tal cupcakes?- sugeriu, já puxando-a para a rua contrária à qual estavam.
-Amo.
Em minutos, eles adentraram uma grande loja, com cheirinho de chocolate e toda colorida. Uma graça.
-Wow, mas existem milhões!- ela exclamou, definitivamente amando aquilo.
-Essa é a ideia. Te deixar na dúvida e ao mesmo tempo te induzir a comprar todos- sorriu alegremente- Por isso eles fazem de tantos tipos.
-Hum, então escolhe um pra mim- ela pediu, agarrando-se ao braço dele.
-Esse aqui é bem a sua cara- ele prendeu o riso, entregando à ela um pequeno cupcake rosa com alguns detalhes brilhantes. Realmente eles tinham todos os tipos daquela coisa. Ah, também tinha uma menininha no topo- Olha, uma patricinha.
-Que engraçado você- a menina revirou os olhos.
-Sabe que é só brincadeira- ele sorriu- Mas parece com você...
-Pior que lembra mesmo- fez uma careta por ter que concordar com ele logo nesse  aspecto.
-Então pronto, vai ser esse- u.u
Ela deu de ombros, deixando-o compra-lo. Devia admitir que era bem fofo e bonitinho. Pena que logo logo essa fofura e beleza estariam dentro do seu estômago.
-Isso tudo é carência?- perguntou à ela, desconfiado. Demi andava cada vez mais grudada e apertava o braço do menino contra seu corpo.
-Não, é frio- ela riu. Ele parou de andar e a encarou, com uma cara de quem não havia gostado muito do que ouvira. Talvez dizer que estava carente fosse mais agradável mesmo. Riram juntos depois de um tempo. Ele sabia que ela queria realmente ficar junto à ele. O frio era só um pretexto.
Joe se afastou um pouco e segurou a mão da menina, puxando-a pelas ruas movimentadas de Nova York. Uma corrida ajudaria a esquentar, pelo menos um pouquinho.
Passavam pelos carros, esbarravam nas pessoas e pediam desculpas sem nem mesmo precisar. Riam como dois bêbados e não estavam nem aí para os olhares sobre eles.
-Você demora mesmo, mas logo se acostuma com o tempo. L.A. é bem mais quente mesmo- ele afirmou, trazendo-a para um banco e sentando-se.
-Já esteve em L.A.?- ela perguntou, enquanto Joe a segurava pela cintura e a colocava sobre seu colo.
-Sim, algumas vezes- ele deu de ombros- Faz algum tempo que eu não vou- fez careta- Eu precisava visitar a Caty, ela vai me matar- riu sem humor. Demi tentou acompanhar a risada, mas momentaneamente toda a sua vontade de aproveitar o momento e sorrir havia desaparecido. Vamos combinar, não era lá o assunto favorito dela.
Foi quando Joe perguntou se estava tudo bem que ela admitiu a si mesma que não, não estava nada bem. Mas quer saber? No final das contas, ela sabia que acabaria ignorando esse sentimento de arrependimento e culpa que crescia dentro de si. Estava dividida entre o que sentia por Caty e o que Joe despertava nela.
-Só... estou com saudades dela- a menina mentiu, dando de ombros. Ok, não era mentira. Ela realmente amava  sua amiga e sentia sim sua falta, mas se pudesse vê-la agora mesmo, recusaria por motivos óbvios.
O assuntou continuou o mesmo durante algum tempo. Demi encarava o nada e assentia algumas vezes, murmurando um “aham”, apenas para fingir que estava prestando atenção no que Joe falava. Ele permaneceu falando sobre Caty, e o que Demi mais queria fazer era tapar os ouvidos.
-Não gostou daqui?- ele questionou. Estava apenas tentando entender o por que da mudança repentina de comportamento.
-Lembra de... quando eu pedi que me distraísse?- ela inclinou sua cabeça, encarando-o com uma careta. Assim que o menino assentiu com um sorriso fofo, ela retribuiu, envergonhada.
Joe deu um beijo estalado na bochecha de Demi e logo depois seus lábios se encontraram.
-Estou à sua disposição- ele garantiu, sussurrando no ouvido da menina.
Demi suspirou, assentindo com um sorriso forçado no rosto.
-Quer me contar o que aconteceu?- ele questionou, carinhosamente. Não queria intimida-la, muito menos fazê-la sentir-se forçada à alguma coisa. Se Demi quisesse contar qualquer coisa à ele, contaria por vontade própria.
Ela não assentiu nem negou. Apenas apertou mais os braços dele contra seu corpo. O menino automaticamente a abraçou com mais força e depositou seu rosto entre o pescoço e ombro dela.
A essa altura, Demi já vestia o casado dele há bastante tempo, o que a fazia sentir-se cada vez mais próxima do menino. Seus corpos estavam juntos e ambos continuavam quietos, observando o cair da noite.
Continua...


Gostaram? jbrfiugvrjuibgrnfioro hehe *-* Gente, o que aconteceu com vocês? :O as pessoinhas foram sumindo :( volteeeeem <3
Amo vocês, ok?
Comentem bastante e eu vou fazer o máximo pra postar logo ;)
Obs: Sabem essa foto aí de cima? Eu estou completamente apaixonada por ela \õ\õ só pra vocês saberem hahahaha
Beijocas,
Brubs <3

9 de mai. de 2013

Capítulo Onze!


-Eu não sabia que chovia tanto assim aqui- comentou, apertando mais seu corpo contra o dele.
-Daqui a pouco o tempo abre- deu de ombros- Mas eu amo frio, sabia?
-Dois- sorriu sapeca.
Vamos ser sinceros, o que ambos amavam, na realidade, era ficar assim, abraçados e bem juntinhos.
-Ei, sem querer ser chata- ela começou, receosa- Eu queria conversar com você- disse.
-Claro- o menino sorriu- O que houve?
Demi distanciou-se um pouco, sentindo seu corpo responder mal àquilo. Era certo que ela não queria se afastar. Encarou-o por alguns instantes e sentiu uma necessidade maior ainda de perguntar à ele o que tanto desejava.
-É que...- ela começou, pensativa, formulando em sua cabeça um modo de iniciar a conversa sem que a mesma ficasse tensa. Observou aquele sorriso encorajador e um pouco curioso, aquele sorriso lindo que ela tanto amava. Sim, era apaixonada pelo sorrido de Joe, pelo jeito como ele falava com ela, por seus beijos e... talvez por ele.
-Ah, droga- inevitavelmente as próximas palavras saíram da boca dele, impedindo a menina de continuar. A campainha soava repetidas vezes e Joe revirou os olhos- Desculpa, eu só vou ver quem é- afirmou amigavelmente.
Demi assentiu, suspirando. Era apenas questão de tempo, logo ele sentaria bem na sua frente novamente e ela falaria tudo de uma vez, de forma calma e séria. O menino levantou-se, e quando o fez, bagunçou o cabelo dela, fazendo-a sorrir largamente.
De fato os dois amavam aquela proximidade e amizade que haviam conseguido em tão pouco tempo.
-Fala ae seu gay- Demi fez uma cara confusa ao ver todos aqueles garotos (e algumas garotas) adentrando o apartamento, eufóricos e bem animados. Joe tinha a mesma expressão no rosto, e fazia uns toques de mão com alguns meninos.
-O que vocês estão fazendo aqui?- perguntou, fechando a porta.
-Ué, não podemos mais fazer uma visita ao nosso idiota?- uma menina perguntou, com um sorrisinho de dar enjoo.
-Podem, sempre- Joe forçou um sorriso. Demi podia perceber que ele estava tão incomodado quanto ela- Mas podiam ter avisado...- comentou, sem graça.
-Surpresa!!!- um menino loiro, alto e bonito (ela devia admitir), gritou sorridente- Epa, quem é?- ele encarou Demi, que permanecia no mesmo lugar, esperando por um momento onde pudesse dizer algo ou sair dali. Um momento tipo esse.
-Essa é a Demi- o menino aproximou-se dela- A amiga da Caty que eu comentei que ia morar aqui comigo- ele disse. É, com certeza seus amigos estavam sabendo da história.
-Nós atrapalhamos alguma coisa, por acaso?- uma outra menina questionou, com um sorriso mais falso que silicone.
-Não- ele negou, dando de ombros- Não estávamos fazendo nada.
-Bom, se é assim, é um prazer, Demi- sorriu sedutor na direção dela.
-Não precisa ficar dando em cima dela, imbecil- Joe riu, dando um tapa na cabeça do amigo. Se ele estava levando na brincadeira, era o único ali.
As meninas lançaram aquele sorrisinho. Tudo bem, devia admitir que estava sendo um pouco rude com elas, afinal, apenas duas das cinco eram de fato o que ela achava. As outras três poderiam ser boas pessoas.
Já os garotos... Joe tinha cada amigo... interessante. Eram lindos, tinham um sorriso encantador e um bom senso de humor. Mas nada comparado à Joe.
-Então, trouxemos comida!
-Vieram aqui comer?- Joe questionou.
-Não, Joe. Viemos pular corda.
- Idiotas- a garota revirou os olhos- Joe, eu quero ver aquele filme que você me prometeu da última vez- ela se aproximou, apoiando suas mãos no peito dele. Mas que oferecida!
-Ah... tudo bem Clara- ele forçou um sorriso, mexendo no cabelo- Podemos ver o filme mais tarde- disse- Ér... Demi, essas são Clara, Lola, Mel, Ju e Cloe- apresentou as meninas- E esses mongóis- sorriu cinicamente- São Bernardo, Liam e Kevin.
-É um prazer- Demi sorriu, mas permaneceu onde estava. Mal dera confiança a Joe de primeira e iria sair fazendo amizades com seus amigos?
-Vamos começar a festa!- um deles gritou. Ninguém prestou muita atenção em quem foi, mas não importava.
Algumas horas se passaram. Joe tentou fazer com que Demi participasse das “brincadeirinhas” que eles faziam, mas ela realmente parecia optar por continuar em seu próprio canto. Sabia que era legal fazer amigos e até tinha conversado com umas das meninas (aquelas que lhe pareceram legais), mas ao mesmo tempo sentia-se um encosto perto de Joe. Os amigos eram dele e ele deveria se divertir.
O que a irritava profundamente era a tal de Clara. Mas ô menina nojentinha aquela. Lembrava-se brevemente de tê-la visto na festa, dando em cima de Joe, mas era uma memória breve e distante. O menino tentava desviar sempre que ela se aproximava, mas seu sorriso, às vezes, revelava que estava gostando daquilo. Aquele chamado Bernardo e a moreninha já estavam se beijando a tempo, assim como dois outros. Demi não sabia se queria ficar ali para ver o que aconteceria em seguida. Desejava que já tivesse dito à Joe o que queria. Talvez pudesse evitar as cenas que via bem na sua frente, entre ele e Clara.
-Hey- ele sentou-se ao lado dela, sorridente- Por favor, me livra disso- sussurrou, fazendo-a gargalhar repentinamente.
-Me engana que eu gosto- brincou.
-Ta, mas vem jogar com a gente- pediu- Não é legal te ver excluída.
-Posso ir para o meu quarto?- ela fez careta.
-Não, você vai deixar de ser anti social hoje- ele afirmou decidido, puxando-a pela mão enquanto a menina revirava os olhos.

~~~~*~~~~*~~~~*~~~~

Depois de certa pressão, acabou acontecendo. Joe a nojentinha passaram um tempo (um longo tempo) juntos lá dentro, Demi não sabia exatamente onde. E tudo bem que ela não sabia de fato o que havia acontecido, mas colocara em sua cabeça que no mínimo eles haviam se beijado algumas vezes. O que a irritou profundamente.
Ok, era sim ciúmes. Mas ela só admite isso para nós, tudo bem? Segredinhooooo!
Ficou com raiva dele também. Ele a beijava, demostrava gostar dela e depois ficava com outra? Praticamente na frente de Demi? Beleza, isso não deveria importar e talvez fosse até o que ele pensava, mas fala sério, ela ligava sim para o fato de ser usada.
Ah, sem comentar que teve de ficar sozinha com o resto do pessoal, né?! Pois foi bem assim que tudo aconteceu. Ela foi obrigada a deixar o “antissocialismo” de lado e depois Joe a deixava ali. Era uma prova de resistência, por acaso?
-Ta tudo bem com você?- Joe questionou, curioso, no ouvido dela.
Seus amigos (que mais pareciam estrupícios, vamos chamar assim), tentavam a todo custo colocar o dvd. Pelo jeito estava mais complicado do que um quebra cabeça de 20.000 peças, mas isso causava risos e dava à Joe e Demi um tempo em sossego.
-Aham- deu de ombros.
-Você quer me contar agora aquilo?- perguntou.
-Não, eu posso deixar pra depois- garantiu.
Ele concordou, ainda um pouco desconfiado e jogou seu braço ao redor do pescoço dela. O apartamento estava completamente escuro nesse momento e já estavam todos espalhados pelo chão, conversando e falando alto.
Trataram de fechar as cortinhas e aquilo definitivamente ficou um breu. Joe caminhou com cuidado, passando por cima de alguns amigos e levando Demi junto. Sentaram-se em um lugar mais afastado, não muito distante, no tapete da sala, rodeados por almofadas. Permaneceram abraçados, enquanto Demi deitava sua cabeça no peito dele.
Era confuso sim. Em um minuto ela estava com raiva dele por ter _provavelmente_ ficado com uma das meninas (que por sinal se perguntava porque eles estavam ali, juntinhos) e agora ela estava mais contente por ele estar junto à ela, sem a menina precisar nem pedir ou falar alguma coisa, lhe dando carinho e aconchego.
-Que filme chato- Joe resmungou, apenas para que Demi ouvisse.
-Eu já vi- ela comentou- Não tem graça nenhuma.
-Imagina se fosse realmente engraçado- ele disse, apontando para os meninos e meninas, ao lado deles, chorando de rir.
Ela concordou e sentiu Joe segurar sua mão, acariciando-a. Inclinou sua cabeça até poder encará-lo e teve uma vontade tremenda de beijá-lo. Dane-se o que ela estava pensando há algumas horas, aquele menino era irresistível. Mas mesmo assim, a culpa daquilo tudo era dele. Porque raios ele teve que ficar com outra e depois fazê-la sentir-se na obrigação de juntar seus lábios, de senti-lo?
E foi exatamente isso o que fizeram. Beijara-se lentamente, desfrutando do momento. Demi sentiu a respiração quente de Joe em seu rosto e fechou os olhos com calma. O menino levou uma de suas mãos até a nuca dela, mas separou seus lábios. Demi não abriu os olhos, preferia permanecer assim, como estava. Nas mãos dele, sentindo o toque de Joe em sua pele quente.
Ele sorriu e a puxou para mais perto, delicadamente, sentindo o corpo mole da menina em suas mãos. Tudo dentro dele parecia ansiar por mais, por suas línguas brincando juntas e suas respirações se confundindo, mas o menino optou por descer os beijos úmidos pelo pescoço de Demi.
A falta de luz ao redor deles dava um ar especial ao momento, e é claro que o friozinho lá de fora ajudava bastante... mantinha os dois mais carentes por contato.
Ela deslizou suas mãos pelo cabelo dele, puxando-o levemente. O menino sorria, contente por aquilo que acontecia. De alguma forma, tê-la assim, tão inocentemente e ao mesmo tempo intensamente era bom demais.
-Eu não sei porque mas você é irresistível- ele sussurrou, sem deixar que ninguém, além de Demi, ouvisse.
-Acho que não sou a única- ela riu brevemente.
Puxou-o pela nuca, calando-o com um beijo caloroso e cheio de desejo. Isso mesmo, ela o desejava, como nunca havia desejado alguém. Passara meses namorando alguém por quem ela nem mesmo sentia-se atraída e agora precisava enlouquecidamente beijar aquele garoto com quem morava a menos de três semanas. Era loucura? Sim ou claro?
-Acho que estamos sobrando aqui- a voz de alguém não muito importante ecoou pelos ouvidos de Joe e Demi. Mas quem disse que eles se importavam com isso?
-Ah Clara, presta atenção no filme e deixa os dois em paz.
Demi gostou de dar aquele gostinho de vingança à menina. Mas pera, que vingança? Porque? Só por causa de uns beijos que ela e Joe haviam dado? Porque ela era aparentemente afim dele e Demi não aprovava isso, por alguma razão? Ou seria porque ela gostava da sensação de tê-lo somente para si?
O menino beijou sua bochecha e a trouxe mais para perto de si, com um de seus braços ao redor da cintura dela. Demi sentiu suas mãos sendo entrelaçadas e depositadas no colo dele, com muito carinho e delicadeza. Aconchegou-se ali, conformando-se de que era melhor mesmo parar por aí. Até porque, ela ainda tinha um assunto a resolver com ele antes de prolongar qualquer brincadeirinha.
 Continua...

Gente... a Val me pediu pra postar hoje e eu acabei postando... mas repito que não vai ser fácil durante essas semanas, ok? desculpem :/
Gostaram? :) 
Obrigada, amo vocês!
Desculpem não estar respondendo aos comentários, é que não da mesmo :(
Beijinhos,
Brubs <3

7 de mai. de 2013

Capítulo Dez!


-Você chegou tarde ontem_ Demi comentou, receosa. Ela definitivamente não sabia como ele reagiria a qualquer tentativa de puxar assunto.
-Saí à procura de alguém que quisesse a minha companhia- ele deu de ombros. Ok, podia parecer bem grosso ou seco da parte dele, mas Joe apenas fingiu indiferença.
-É sério isso? Eu queria a sua companhia, Joe- ela afirmou, chateada. E como era verdade, ela queria sempre a companhia dele.
-Não foi o que pareceu- murmurou, sentando-se no sofá com Milla no colo.
-Quer dizer que é assim com você? Só porque eu me recuso a transar contigo na cabine da loja da sua mãe você sai procurando a primeira vadia na rua?- perguntou, exaltada.
-Ficou maluca, Demi?- ele franziu o cenho- Eu não... quem falou em transar?- questionou confuso- Quem você acha que eu sou?
-Falando a verdade? Uma ótima pessoa, quando se trata de amizade. Pelo menos a Caty não cometeu esse erro- resmungou para si mesma... um pouco alto demais.
-Eu nunca quis nada com a Caty e não a magoaria, assim como eu não te magoaria- afirmou- A única diferença é que a minha relação com você é diferente do que eu sinto por ela.
-O que você quer de mim?- sussurrou com a voz falhada.
-Sinceridade. Não desculpas- disse- Você não me deve desculpas por ontem, mas eu quero que seja sincera em relação ao que você quer- pediu.
-Então porque você não é sincero comigo?- perguntou, desafiando-o.
-Eu gosto de você, e não é possível que não tenha percebido isso ainda. Porque de uns tempos pra cá eu realmente me senti diferente, mas eu não posso saber o que vai acontecer se você não me disser o que se passa dentro de você.
A menina respirou fundo. Era difícil demais, ia muito além do que parecia. Ela pensava em Caty, lembrava-se de Joe comparando a relação com ambas há apenas poucos segundos atrás e sentia-se mal por isso, por estar tomando o lugar dela. Pensava em Bred e em como sua vida mudara de uns tempos pra cá. Como tudo aconteceu lá em Los Angeles e como estava começando novamente em Nova York, junto à Joe.
E Joe... ah, ela mal tinha palavras. Era estranho, porque sentia algo especial por ele. E antes que pensem o contrário, Demi nunca teve medo de admitir estar apaixonada, não depois que tal acontecia. Ela desenvolvera o medo de se deixar levar, de se entregar, junto aos seus mecanismos de defesa social.
-Olha, eu não queria brigar- ele disse mais calmo- Não entendi o que eu fiz de errado ontem e queria que você me explicasse- pediu- Você não quer? Não gostou de alguma coisa que eu fiz? Pode me dizer, Demi, eu paro na hora- garantiu.
-Não tem como mentir pra mim mesma, Joe- sussurrou- Se eu não quisesse, já tinha te parado há muito tempo- afirmou calmamente.
-Vem cá- ele chamou a menina, estendendo a mão para que ela segurasse.
-Tudo bem, tem uma coisa que eu preciso te contar- ela respirou fundo, sentada de frente para ele- Não é... fácil pra mim, eu odeio esse assunto mais do que tudo- bufou.
-Não precisa me contar se não se sente bem- ele disse- Eu entendo.
-Mas eu preciso- forçou um sorriso- Acho justo você saber o motivo pelo qual eu estou morando na sua casa- deu de ombros, rindo sem humor- Ano passado... eu comecei a namorar com o Bred.  Ele era... um dos garotos mais populares do colégio e eu era apenas mais uma completamente apaixonada por ele, só que era de verdade, o que eu sentia me fez completamente cega. Um dia ele foi pra minha casa e nós estávamos sozinhos porque os meus pais estavam de férias viajando, ele acabou... passando um pouco dos limites e eu disse que não estava pronta ainda, o que não era mentira, eu não me sentia à vontade naquele momento.
Joe fez um sinal com a cabeça para que ela continuasse, mostrando que estava ouvindo atentamente. Acariciou o rosto da menina e enxugou uma lágrima que caíra.
-Só que ele simplesmente não parou, e tudo que ele fazia era mandar eu relaxar- suspirou- Exatamente como você fez ontem- lembrou.
-Eu não sabia disso...- ele sussurrou- Desculpa, eu não queria que entendesse nesse sentido.
-Não, tudo bem, eu sei que não- sorriu- É que na hora eu me lembrei e... acabei exagerando. Bom... eu confiava nele, mais do que em qualquer um e eu achava que valia a pena, já que eu o amava e sabia que ele nunca me decepcionaria. Então eu deixei acontecer, o que só fez com que eu me sentisse péssima porque ele sabia que era a minha primeira vez e simplesmente agiu como se estivesse com qualquer uma na cama. Ele não era carinhoso comigo muito menos estava preocupado- a raiva era clara nos olhos dela, mas acima de tudo tristeza- Ah, eu não devia estar falando isso pra você, você não é minha melhor amiga, não tem que ouvir minhas histórias- revirou os olhos.
-Mas sou seu amigo, Demi- ele lembrou- Pode continuar, eu não me importo em ouvir- sorriu encorajando-a.
-Não tem muito mais o que contar- deu de ombros- Na manhã seguinte eu acordei e ele não estava mais lá. Algumas horas depois todos na escola sabiam do que tinha acontecido entre nós. Mas claro, ele fez questão de deixar as coisas um pouco diferentes- resmungou- Todo mundo naquela escola se meteu na minha vida por causa dele, o Bred brincou comigo e eu tenho nojo daquele idiota. Eu não falei mais com ele durante semanas até que ele ficou com raiva e começou a espalhar rumores sobre mim...eu não aguentava mais.
-Porque não me contou isso antes?- perguntou- Eu podia, sei lá, ter matado aquele infeliz- disse, fazendo a menina rir.
-O pior é a cara de pau que ele ainda tem de me procurar- disse- Mas vamos esquecer isso, eu só te contei porque... queria que soubesse o motivo pelo qual eu te odiei, te tratei mal, vim morar na sua casa e falei com você ontem daquele jeito.
Joe sorriu carinhosamente na direção da menina e a puxou para um abraço apertado e desengonçado, trazendo-a para o colo dele e beijando sua bochecha.
-Você sabe que não pode deixar que um garoto estúpido faça com que você se sinta assim- ele alertou, carinhoso.
-Bom, mas eu deixei- deu de ombros- Sabia que... morar com você está sendo melhor do que eu imaginava?- ela sorriu depois de um tempo.
-Eu sei, sou o máximo- gabou-se- Achou que seria ruim morar aqui?- perguntou curioso.
-Não...- negou- A Caty sempre me falou muito bem mesmo de você, só que com aquele ódio todo tudo ficou meio confuso pra mim, eu achei que fosse me odiar para sempre.
-Nunca, Demi- afirmou- Você é... “inodiável”- riram juntos- Eu só precisava te conhecer melhor.
-Você é realmente um bom amigo- ela disse.
-No começo eu tive a leve impressão de que você realmente preferia conversar com a Milla a comigo- lembrou-se, com uma careta no rosto.
-Eu não achei que fosse me ouvir, muito menos me dar conselhos- ela gargalhou.
-É né?! E que conselhos a Milla te deu? Posso saber?
-Segredinho- piscou brincalhona- Obrigada- ela sorriu- Eu quase nunca falei sobre esse assunto, mas... com você foi mais fácil- comentou.
-Sem querer me gabar- ele começou- Mas costumam dizer que eu som bom de papo- sorriu- Mas sério, se quiser conversar comigo é só chegar e começar a falar- garantiu e ela assentiu, rindo.
-Olha que eu vou te encher o saco- provocou.
-Você tem o direito de fazer o que quiser- acariciou a bochecha dela, fazendo-a parar e perceber o quão perto eles estavam.
Demi fechou os olhos por alguns instantes, abaixando a cabeça enquanto sentia a mão de Joe em contato com sua nuca quente. Pela primeira vez ele teve a oportunidade de beijá-la, mas não o fez. Queria uma reação vinda dela, queria que ela deixasse claro, a partir desse momento, o que aconteceria daqui à diante.
A menina juntou seus lábios com rapidez. Talvez assim ela não se arrependesse, não tivesse tempo para pensar. Ela estava disposta a deixar o que quer que fosse acontecer, porque com ele sentia-se bem e protegida, e agora admitira isso para si mesma
-Eu também gosto de você- ela sussurrou no ouvido dele.
Joe segurou firmemente na cintura de Demi e a menina conseguiu perceber o sorriso no rosto dele. Gostar já era um começo, mas estava bem claro que isso não duraria muito. Gostar não era suficiente.
Alisando a lateral do corpo dela, Joe a fazia sentir-se como se nada mais importasse. Naquele momento, Caty e Bred não existiam mais e tudo aquilo que poderia ser usado contra aquele beijo havia evaporado.
-Eu não acredito que alguém tenha magoado desse jeito uma menina como você, Demi- Joe disse, realmente mal pelo que acabara de saber.
-Dizem que precisamos dos erros para aprender, faz parte - ela deu de ombros, sorrindo tristemente.
-Só queria te dizer que não precisa lembrar disso quando estiver comigo, porque eu nunca faria nada parecido com você- ela sorriu ao ouvir as doces palavras dele.
-A única coisa na qual eu pensei desde que me beijou pela primeira vez foi como tudo era tão diferente com você- confessou- O que aconteceu ontem foi só... um exagero da minha parte- ela disse fazendo-o rir- É que juntou tudo de uma vez na minha cabeça e eu acabei fazendo aquilo.
-Eu entendo que talvez você tenha algum... medo depois de tudo que aconteceu- ele colocou uma mecha de cabelo para trás da orelha dela- Aliás, é por isso que você tem esse... “instinto protetor”?
-Você quer dizer que é por isso que eu sou anti-social e grossa- ela concertou- É... talvez seja isso mesmo- ela disse indiferente.
-Você é um amor- ele forçou um sorriso para ela- E quanto aos medos?
-Pode ser que eu tenha alguns- ela riu tímida- Mas nada que eu não supere com o passar do tempo.
-E se eu pudesse te ajudar?- sugeriu.
-Já está fazendo isso- ela afirmou.
O menino sorriu novamente e a beijou calma e intensamente. 
 Continua...

Aí está :) Pronto, agora o Joe já sabe de tudo, ou quase tudo né, porque o segredo da Caty ainda ta guardado... por enquanto muahahahaha
Gente, eu só queria avisar que nas próximas semanas vai ser muito difícil mesmo de postar, porque vão começar meus testes e provas again :/ Então eu não vou conseguir escrever, mas eu vou postar, só não vai dar pra ser muito :(
Bom... desculpem, eu vou fazer o que eu conseguir! :)
Obrigada por tudo, comentem bastante, ok?
Ah, vocês gostaram? Achei que vocês ficaram muito curiosos sobre o que aconteceu e eu achei que fossem se decepcionar por ser um "segredo" tão simples esse... 
Agora vamos surtar um pouquinho fuebofubruwofniorhifbwpigw quem não consegue parar de ouvir DEMI bate ae \õ\õ\õ gente, que álbum é esse?!?!?! Meu Deeeeeus *O*

Amo vocês!
Beijinhos,
Brubs <3