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31 de dez. de 2013

Feliz Ano Novo!


Bom, eu sei que ainda falta um pouquinho pro fim do ano, mas vou desejar um feliz Ano Novo adiantado! Muita paz, saúde, amor, felicidade... que o ano de 2014 seja mil vezes melhor que o de 2013, que todos os sonhos sejam realizados e objetivos alcançados. E que nós tenhamos muuuuitos momentos Jonato, Jemi... <3 <3 <3 Desejo sempre o melhor para todos vocês e agradeço mais uma vez por tudo e por tudo o que vocês me disseram durante esse ano. Não é segredo que eu fiz muitos amigos aqui e eu amo todos vocês <3
Obrigada, um ÓTIMO ano novo! :)

Agora rapidinho, sobre a fic....
Ela já está terminando e eu vou explicar porquê. Eu vou viajar dia 07 -Disney yaaaay- e volto só no final de Janeiro. Então eu não queria deixar vocês tanto tempo sem post. A fic tem vinte e pouquinhos capítulos, mais pra frente eu digo exatamente quantos. Mas eu termino ela antes da viagem :)

Amo vocês <3

Que venha 2014! \o/

29 de dez. de 2013

Capítulo 16

Depois do que aconteceu na sexta eu achei que finalmente teria um pouco de paz. Mas aí, outra bomba me apareceu. Depois que os policias saíram da nossa casa, minha mãe veio conversar comigo. Ela parecia muito nervosa mas eu achei que fosse por causa do ocorrido, até eu acordar no dia seguinte e ver meu pai na porta da nossa casa.

****-*****-****

-Demi, pelo amor de Deus- Joe me abordou na entrada do colégio- Eu te procurei o final de semana todinho, você viu quantas ligações minhas tem no seu celular? Você sabe quantas vezes eu fui na sua casa?
-Desculpa, eu não tava disposta a falar com ninguém- eu suspirei.
-Nem comigo?- ele perguntou decepcionado- O que houve pra você ficar tanto tempo sumida?
-Foram só dois dias.
-Eu fiquei preocupado. O que você tava fazendo? Eu queria saber como você tá- explicou. Ele tinha muitas perguntas e eu queria poder responder todas, mas a minha cabeça tava voando a mil.
-Eu não tô nada bem- sussurrei. Eu não tinha como esconder aquilo dele mesmo, então pra que mentir?
-Por quê? O que houve?
-Ah Joe, parece que eu passei dois dias no inferno. E eu acho que vou ficar mais um tempo por lá.
-Dá pra você me dizer alguma coisa concreta?
-Eu sou menor de idade, eu só faço 18 daqui a 3 meses. E até lá, eu não posso tomar as minhas próprias decisões.
-O que isso significa?
-Que pra justiça a minha mãe é uma irresponsável que traz um homem diferente pra dentro da nossa casa toda noite. Que ela me deixa sozinha e me expõe, em vez de me manter segura. O meu pai tá na cidade, ele apareceu lá em casa no sábado de manhã. Eles tiraram a guarda da minha mãe. E eu não posso fazer nada- eu disse desesperadamente, com lágrimas saindo e escorrendo pelo meu rosto.
A expressão no rosto de Joe era bem parecida com a minha. Ele não tinha reação alguma. E antes que ele procurasse alguma coisa pra me consolar, eu respirei fundo, engoli o choro e sequei as lágrimas. Eu chorei demais durante o fim de semana, mas aprendi que as minhas lágrimas não contornariam a situação. Então eu tentei encarar aquilo como uma menina de 17 anos e era isso que eu ia fazer nesse momento.
-Mas como eles descobriram tanto sobre a sua mãe?- ele perguntou, me levando para um lugar mais vazio.
-Eu acabei dizendo sem querer no depoimento, quando o investigador falou comigo. Ele perguntou se eu conhecia o cara e eu disse que sim. Eu disse que ele era o meu professor mas que antes disso ele foi um dos muitos namorados da  minha mãe.
-Porque você disse isso?- questionou incrédulo. Eu me fiz a mesma pergunta diversas vezes.
-Eu não sei! Eu tava desesperada e acabou saindo da minha boca, eu nunca ia pensar que ele fosse interrogar a minha mãe por causa de um detalhe desses. Eu não pensei que fossem usar isso contra ela.
-Você vai ter que morar com o seu pai?- ele perguntou com a voz mais calma. Nós dois sabíamos o que aquilo significava. Eu apenas assenti- E não tem como isso ser, sei lá, revertido?
-O juiz já tomou a decisão. Nesses casos não dá nem pro advogado recorrer, pra eles foi muita irresponsabilidade dela.
-E não tentaram te ouvir?
-Do que adiantaria? A opinião de ninguém é importante agora. Eu não sou maior de idade, a minha mãe tinha a minha guarda mas eu não posso mais escolher com quem eu quero morar.
-Mas você faz 18 em 3 meses!
-Eu vou ficar 3 meses lá com ele- murmurei- Naquele inferno de cidade, perto daquela gente- sussurrei para mim mesma.
-Mas e a escola?
-A gente vai entrar de férias em menos de uma semana- dei de ombros- Vão adiantar as minhas provas.
-Quando você vai?- ele perguntou depois de muito tempo.
-De amanhã não passa- eu disse.
O sinal tocou e eu ajeitei a mochila nas costas, pronta para ir para a aula. Eu ainda tinha muito que conversar com Lola.
-Você podia ter me ligado ontem, sábado, sei lá- Joe disse agora mais nervoso. Eu sabia que na verdade ele estava irritado com a situação, assim como eu.
-Eu não queria ter que te falar isso por telefone.
-Eu podia ter ido me encontrar com você- sugeriu.
-Joe, eu não tava pronta pra pensar nisso, pra falar isso olhando pra você. Esse dois dias foram horríveis pra mim, você ainda não viu uma briga da minha mãe e do meu pai. Não quando eles estavam brigando por mim- completei antes de andar para longe dele.

****---***---****

Depois da aula eu fui me sentar com o mesmo grupo de sempre. A notícia não tinha se espalhado pelo colégio, ninguém sabia o que tinha acontecido e se sabiam, não estavam expondo. Só eu e Joe realmente sabíamos e nem mesmo a irmã dele parecia saber. Eu expliquei resumidamente à todos os meus amigos, e Lola ainda tentava se recuperar, já que estava até agora querendo bater no meu pai, no juiz e em mais quem fosse necessário. A verdade é que eu contara a ela ontem, quando nos encontramos lá em casa. Eu precisava de uma amiga e me senti bem mal por não ter ligado para Joe.
Ele ainda não tinha aparecido e eu sabia que a culpa era minha. Eu estava tentando parecer calma quando dentro de mim tudo explodia. Receber a notícia de que eu teria que morar com o meu pai foi como se uma granada tivesse sido colocada no meu caminho. Eu não queria mostrar fragilidade, queria agir como uma adulta quando desabava por dentro.
Joe chegou logo depois e sentou-se do outro lado, afastado de todo mundo. Eu permaneci onde estava por um longo tempo, até me aproximar com coragem.
-Porque você age como se fosse indiferente a isso?- Joe perguntou levando seus olhos aos meus.
-Eu não tô agindo como se fosse indiferente- retruquei. Mentira- Você não sabe como isso tá sendo realmente pra mim.
-Então porque você não me fala?- ele se levantou e se aproximou de mim, baixando o tom de voz- Porque não abaixa a guarda em vez de bancar a fortona? Porque não me ligou da mesma forma que você ligou pra Lola?- ele perguntou com a voz baixa mas decidida.
Eu já devia imaginar que ele saberia. Eu devia ter falado com ele quando eu soube.
-Desculpa, Joe, eu só...- suspirei e senti uma lágrima descer pelo meu rosto- Era muito mais aterrorizante te contar. Tinha muito mais coisa envolvida do que com a Lola. E eu não tava pronta pra lidar com isso naquele momento.
-Bom, você tá agora?- perguntou mais calmo.
-Não- eu respondi sinceramente- Mas eu não posso deixar pra lá, eu não posso chorar no seu colo quando eu deveria estar tendo uma conversa séria com você.
-Nossa, eu me sinto muito bem em saber que quando a minha namorada precisa, ela esconde isso tudo de mim. Só porque ela é minha namorada- ele se afastou e respirou fundo.
-Você foi a primeira coisa que veio na minha cabeça quando os meus pais me disseram isso. Você ainda é a única coisa que tá na minha cabeça, até agora- confessei.
-Porque você finge que tá bem pra mim, Demi?- perguntou- A Lola me disse como você tava mal ontem e hoje na aula.
-Eu não sei mais o que eu posso fazer, Joe- eu balancei a cabeça e me aproximei dele, escondendo meu rosto já molhado em seu peito. Senti seus braços me protegendo depois de uns segundos e as cenas da noite de sexta voltavam com tudo à minha cabeça. Joe socando e batendo em Mario, brigando com ele por mim, me protegendo mais uma vez, como ele prometera. Eu o amava demais pra pensar que estava adiando o inevitável.
Nós não trocamos palavras, ele apenas acariciou meus cabelos e manteve seus braços ao meu redor pelo tempo que eu fiquei ali, junto a ele. Voltamos para a aula ainda sem falar nada. Ele estava me consolando, estava ali do meu lado, mas não era só disso que eu precisava. Ele estava sério e eu não conseguia ficar muito diferente.
-Você tem que voltar pra casa?- ele quebrou o silêncio quando eu sentei no seu colo na hora da saída.
-É o que eu menos quero- dei de ombros- Não posso voltar tarde senão o meu pai vai jogar na cara da minha mãe que ela não me impõe limites.
-Então passa em casa e diz que você vai dar uma volta no parque comigo.
-Vai ser um milagre se ele não reclamar sobre eu sair com o meu namorado- eu me senti péssima quando percebi que essa última palavra já não soava mais tão comum pra mim.
-Diz que você vai morar junto com ele, mas que antes disso tem muita coisa pra resolver aqui- Joe disse imparcial, calmamente, me dando vontade de jogar minha cabeça contra a parede.
Eu apenas concordei. Nós fomos até a minha casa, e por sorte meu pai gostou de Joe. Eu o convenci a entrar comigo, mesmo não sabendo se era o certo, e por maior que fosse o clima pesado dentro daquela casa, eu me senti calma por alguns instantes, quando vi os dois conversando normalmente.
Joe segurou minha mão, acho que foi um gesto mais automático do que proposital, mas fomos assim até o parque. Não nos sentamos nem nos aproximamos do banco. Joe parou bem na minha frente e soltou minha mão.
-O que vai acontecer com a gente?- ele foi direto ao assunto. O que eu mais quis evitar na minha cabeça durante tantas horas estava acontecendo. E era de longe mil vezes pior do que eu pensara que poderia ser.
-Eu pensei bastante nisso e eu não vou mentir dizendo que eu achei uma solução- sussurrei- Mas são 3 meses, Joe. Não é pra sempre, não é nem muito tempo.
-Mesmo assim é bastante tempo- ele retrucou. Parecia nervoso, porém estava mais triste do que qualquer outra coisa.
-É como se eu fosse viajar- supus- Você mesmo disse que ia pra San Diego nas férias- lembrei.
-Não é como se você fosse viajar porque eu vou saber que não está viajando.
-E você não pode fingir que é isso?- questionei amargurada. Ele estava fazendo muito rodeio.
-Como você quer que eu fique 3 meses aqui sem você, Demi?- ele me encarou calmamente. Sua voz estava mais suave e eu consegui relaxar mais.
-Eu também não sei como eu vou ficar sem você lá, mas eu vou ter que descobrir, não tem outro jeito, eu não posso mudar isso. A gente tem que arrumar um jeito de resolver o nosso problema dentro de todas as circunstâncias.
-Eu acho melhor... a gente dar um tempo- ele disse com a voz séria e receosa.
-Um tempo?- eu repeti estática. Não podia ser sério.
-Você tá vendo como estão as coisas entre a gente?- perguntou.
-As coisas estão assim porque você tá deixando elas assim- eu respondi nervosa- Eu tô tentando arrumar um jeito de não piorar a situação e você pede um tempo?
-Eu não posso lidar com a ideia de você ficar fora tanto tempo- tentou explicar. Mas ele ia precisar de muito mais do que isso se quisesse me fazer entender aquela estupidez.
-Nossa, tô vendo como o seu amor por mim é forte, supera qualquer coisa, qualquer distância- respondi ironicamente.
-Demi- ele respirou fundo- Eu não quero terminar com você porque isso sim seria dizer que eu não te amo o suficiente. Mas eu preciso de um tempo.
-Talvez se você me disser que já estava nos seus planos pedir isso, eu me sinta melhor.
-O problema é que eu não tenho você aqui, Demi. Eu não ia pedir um tempo, óbvio que eu não tava pensando em nada disso. É que... a situação muda sem você do meu lado.
-O que você quer dizer com isso?
-Que eu não quero te magoar e eu não quero fazer nenhuma besteira enquanto você estiver lá. Eu não quero que o nosso namoro acabe.
-Mas então porque raios você tá acabando com ele agora?- perguntei irritada. Não fazia sentido.
-Eu te amo- ele segurou minha nuca, olhando dentro dos meus olhos- Você sabe que eu não tô mentindo.
-Não muda nada- desviei o olhar, minha voz já estava mais baixa do que o normal- Você quer um tempo pra não me trair enquanto estiver sozinho?
-Demi, eu não sei se eu...
-Você não sabe se o que você sente por mim é forte o suficiente?- perguntei com lágrimas nos olhos- Porque se você acha que vai ser difícil lembrar que você tem uma namorada enquanto estiver com outras meninas...
-Não, não- ele me interrompeu- Eu não tô pedindo uma desculpa pra te trair. Eu tô fazendo isso porque eu não quero te machucar.
-Mas você não consegue ver que tá me machucando agora?
-Por favor, Demi- ele pediu com delicadeza- Não torna mais difícil. Eu vou pra San Diego, eu...
-Você mesmo disse que não ia fazer nada lá- eu lembrava que ele me dissera isso.
-Tá mas agora tudo tá confuso dentro de mim. Eu não quero te perder, Demi, eu não quero jogar fora o que eu sinto por você. Eu vou enlouquecer com você longe de mim por tanto tempo.
-Tá bem, se é o que você quer- eu tirei suas mãos de mim, grosseiramente.
-Eu achei que você quisesse que eu fosse honesto e sincero com você. São 3 meses. Eu podia fazer o que eu quisesse nesses 3 meses e eu garanto que você não saberia. Só que eu não faria isso com você. Eu tô tentando não te magoar mais, Demi, entende isso- pediu.
-Eu acho melhor mesmo a gente da um tempo- comentei ríspida.
-Do que adianta um tempo se você tá agindo como se tivesse simplesmente acabado aqui?
-Acabou aqui. O tempo começa agora. Eu vou embora amanhã e você vai estar livre pra fazer o que bem entender.
-Então é assim? Eu peço um tempo e você bota um ponto final na história? Você vai mesmo transformar isso num tempo sem volta?- perguntou. Seus olhos estavam marejados e eu via dor por trás deles, ainda via a minha dor sendo refletida ali também.
-Daqui a 3 meses você vai ter a minha resposta.
Ele abaixou a cabeça e fechou os olhos com força. As lágrimas escorriam pelo meu rosto mas eu não queria pensar nelas agora. Joe me puxou para um beijo calmo, apaixonado, um beijo de adeus. Pensar nisso fez eu me afastar e soltar um soluço que estava preso na minha garganta.
-Demi eu te amo tanto- ele disse com a testa grudada a minha- Eu não acho que eu sou... bom o suficiente pra você, bom o suficiente pra ficar sem você aqui durante tanto tempo sem cometer nenhum erro, sem fazer nenhuma besteira. Eu tô tentando salvar o nosso namoro, porque eu me conheço. Eu sei as merdas que eu faço.
Eu levei uma das minhas mãos até o pulso dele e segurei-o, fechando os olhos.
-Eu também te amo- sussurrei e senti como se ele tivesse relaxado mais. Mesmo assim estávamos os dois tensos demais ali- E uma parte de mim acha você um idiota quando a outra acha que você tá sendo sincero comigo.
-Eu não sei se isso daria certo, Demi, mas eu não quero arriscar. Eu prefiro um tempo, você tira um tempo pra pensar e... a gente vê no que dá.
-Você sabe como tá sendo difícil pra mim acreditar que você não tá fazendo isso só pra ficar com qualquer uma e não sentir culpa?- sussurrou.
-Sei- ele disse- Mas eu achei que você confiava e acreditava em mim- sussurrou depois de um tempo.
-Eu confio. E eu acredito- senti o seu polegar acariciando meu rosto. Aquilo foi uma confissão que eu fiz a ele, mas principalmente a mim mesma.
-Você se importa se eu não me despedir de você amanhã?- ele perguntou com um sussurro.
-Eu prefiro assim- admiti.
Joe assentiu e beijou o topo da minha testa. Depois de depositar um beijo na ponta do meu nariz, eu senti seus lábios junto aos meus.

Foi o nosso último beijo.

 Continua...
Outro grandinho \o
Pois bem, gente, as coisas não podem ficar bem sempre, né?! Mas esperem um pouquinho antes de ficarem com raiva do Joe... ou fiquem, eu deixo vfdlvdbcki hehehe
comentem, tá? obrigada por tudo!
Amo vocês
Mil beijocas,
Brubs <3

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27 de dez. de 2013

Capítulo 15

-Meus pais pediram pizza e estão nos esperando- eu disse caminhando até ela. Demi estava sentada na varanda e pareceu não prestar atenção no que eu disse- Demi?
-Ah desculpa- ela balançou a cabeça, me encarando e depois voltando a encarar a rua.
-Que foi?- me abaixei ao seu lado.
-É que... eu tenho quase certeza que eu vi alguém olhando pra cá e depois que me viu, a pessoa sumiu- deu de ombros.
-Você não tá muito paranoica não?- perguntei sorrindo meigamente.
-Posso estar paranoica, mas não tô maluca ainda, Joe- ela sorriu também.
-Ok, então mais um motivo pra você ir comigo lá pra casa e esperar a sua mãe chegar.
-Sua casa?- ela ergueu a sobrancelha.
-Você não ouviu mesmo o que eu disse?
-Tem pizza no meio, né?- ela sorriu divertida. Segurei sua mão e nós levantamos juntos.
Demi apagou as luzes da casa e fechou a porta. Enquanto caminhávamos de mãos dadas, ela olhava a rua escura ao seu redor.
-Tá vendo? Não tem ninguém- eu disse levando uma das minhas mãos à sua cintura.
-Não vou discutir com você. Tinha alguém aqui sim, bem atrás desse carro- ela apontou para um carro preto que estava estacionado do outro lado da rua.
-E você acha que é o tal do professor?- perguntei- Qual o nome verdadeiro dele?
-Mario- respondeu- E eu não vi quem era, só vi alguém, dá pra você parar de agir como se eu tivesse doida, vendo coisas?
-Tá bem, desculpa- eu ri brevemente antes de beijá-la no topo da cabeça.
Quando entramos em casa, minha família estava espalhada, cada um em um canto. Meu pai estava na cozinha com uma garrafa de cerveja nas mãos. Minha mãe fazia alguma coisa nada importante e meus irmãos estavam discutindo por algum motivo no sofá, cada um com um prato de pizza nas mãos.
-Boa noite, família unida- eu disse ironicamente, trazendo Demi para dentro.
-Meus amores- minha mãe caminhou até nós com um sorriso estampado no rosto- Podem se servir e sentar onde preferirem porque...- deu de ombros.
-Seu plano de jantar em família não funcionou?- eu supus, sorrindo e ela assentiu.
-Nunca funcionaria, não estamos em família- eu ouvi Melissa resmungar do sofá. Por sorte, Demi estava entretida falando com a minha mãe e não ouviu a cobra falando.
-Eu tô de olho em você- eu disse quando cheguei perto dela e do meu irmão menor. Remexi o cabelo de Frankie e ele sorriu na minha direção. Melissa manteve a mesma expressão emburrada.
-E eu não tenho medo de você- ela disse.
Revirei os olhos e me afastei. Às vezes eu cansava de Melissa. Quando o Alex deu um fora nela, eu estava lá. Eu sempre tentava manter a paz mesmo que implicasse com ela na maior parte do meu tempo. Só que ela exagerava muito e ultrapassava qualquer limite aceitável.
-Então vocês estão namorando- meu pai comentou com um sorriso enquanto preparava uma pasta ou sei lá o que era aquilo.
-Estamos- Demi respondeu ficando do meu lado. Eu segurei sua mão e me apoiei na bancada da cozinha, pegando dois pratos.
-Olha Demi, eu sei que esse garoto não é santo, mas qualquer coisa você só tem que vir falar comigo que eu dou um jeito nele, ok?!- piscou e Demi assentiu sorrindo.
-Você devia dar um jeito na sua filha também- murmurei quando vi Melissa do outro lado da mesa, pegando mais um pedaço de pizza.
-Sabe mãe, isso não é um problema, o Joe e a Demi são perfeitos um para o outro- sorriu falsamente- Ela também tá longe de ser santa.
-Qual o seu problema?- eu perguntei irritado.
-Não comessem- meu pai repreendeu.
-Foi ela- eu disse.
-Eu só disse a verdade. Vão me repreender por falar a verdade também?
-Não liga, Demi- minha mãe disse educadamente- Melissa eu acho que a gente vai precisar ter uma conversa mais tarde.
-É por isso que eu amo essa família- ela sussurrou irônica.
-É por isso que a gente te ama também- eu respondi no mesmo tom, com um sorriso muito falso no meu rosto.
-Vocês se merecem- ela virou-se pronta para subir a escada.
-Graças a Deus, né?!- virou-se novamente quando eu falei- Antes merecer alguém que eu amo do que não merecer ninguém- Demi me encarou um pouco preocupada quando eu disse isso. Eu devia imaginar a bomba que estava por vir.
Então ela se virou com o prato e o copo nas mãos e, do 3 degrau, tacou todo o suco em cima de mim.
-Você tá maluca, sua idiota?- eu a encarei estático com o suco por todo o meu corpo.
-Eu te odeio- ela resmungou- Você não tinha o direito- seus olhos pareciam marejados, mas se ela fosse chorar ali, seria de raiva, com certeza. Ah claro, só porque o namoradinho perfeito dela tinha lhe dado um chute na bunda e ela ainda tava sensível com isso. Por esse motivo eu não podia dizer a verdade? E ela podia falar o que quisesse da minha namorada? Não era bem assim.
Eu peguei a primeira coisa que vi na minha frente e taquei nela. E foi um pedaço de pizza. Quando eu acertei bem no meio da cara dela, meus pais caíram na real e começaram a tentar impedir. Demi continuava parada onde estava desde o início, sem falar uma palavra.
-Você é uma falsa, Melissa.
-Vocês dois, parem agora- meu pai disse com a voz firme.
Só que depois da bronca, Melissa pegou o pedaço de pizza que estava no seu prato e tacou em Demi, que ficou completamente paralisada, com uma expressão assustada no rosto. Seu cabelo tinha agora molho de tomate como cobertura.
-Melissa já chega- minha mãe gritou e caminhou na direção dela.
Mas nesse momento, meu irmão menor se aproximou calma e receosamente de mim e tacou um pedaço de pizza em mim também.
-Isso não é guerra de comida, Frankie- eu disse obviamente. Ele arregalou os olhos e voltou correndo para o sofá. Agora estávamos eu, Melissa e Demi completamente sujos e nojentos.
-Desculpa por isso, Demi- meu pai se aproximou com uma careta- Essas crianças não aprendem- resmungou.
-Eu acho melhor vocês se lavarem- minha mãe sugeriu, pegando Melissa pelo braço e a levando para seu quarto.
-Me larga- ela bufou irritada e caminhou na direção do jardim.
Eu me encarei dos pés a cabeça e encarei Demi também. Ela ainda parecia não entender muito bem toda a situação por mais que fosse bem simples. Segurei sua mão e nós subimos até o meu quarto.
-Isso... –ela começou dizendo quando eu fechei a porta atrás de nós.
-Desculpa por isso- eu a interrompi.
-Acontece sempre?- ela prosseguiu com uma expressão confusa. Eu tive que rir e após um tempo acabamos os dois por rir.
-Nunca tinha acontecido com comida- eu dei de ombros.
-Nossa- foi o que saiu da sua boca.
-Cara a minha irmã é uma víbora- eu disse sentindo Demi me puxar pelo braço.
-Até que foi engraçado- ela riu- Eu não me importo com o que ela disse, sério.
-Eu gosto muito mesmo disso em você- comentei me aproximando e colocando uma mexa de seu cabelo para trás da orelha- E pensando agora foi bem engraçado- concordei.
Nós juntamos nossos lábios em um beijo calmo, mas quando senti minha roupa ainda molhada, o cheiro de pizza e de suco, me afastei um pouco.
-Isso tá nojento- ela comentou com uma careta e eu assenti.
-A gente devia dar um jeito nisso- eu sussurrei aproximando nossos lábios novamente. Demi concordou, mesmo sem saber o que eu queria fazer para resolver o nosso “problema”.
Eu tranquei a porta atrás dela e a puxei pela cintura, caminhando pelo quarto até chegar ao banheiro. Empurrei Demi cuidadosamente para dentro e fechei a porta atrás de nós. Ainda beijando-a, eu liguei o chuveiro com a mão que não estava presa à sua cintura.
-Você é esperto- ela sorriu entre o beijo e se afastou com calma- Você pode me beijar o quanto quiser desde que nós estejamos limpos- eu ri com a ordem.
-Então quer dizer que quando a gente estiver debaixo daquele chuveiro eu posso te beijar o quanto quiser?- perguntei divertido, encarando-a com um sorriso malicioso.
-Você pode fazer o que quiser debaixo daquele chuveiro- ela disse e eu sorri ainda mais.
Afastei-me e tirei minha blusa, jogando-a em algum lugar.
-Ai que...- ela parou de falar, fazendo uma careta- Eca- murmurou tirando sua camisa e tocando o cabelo sujo de molho. Eu apenas ri alto.
Ela tirou o short e eu ia tirar a calça, mas decidi esperar que ela terminasse de se despir, porém ela não o fez. Apenas encostou-se ao blindex e ficou me encarando, abraçando a si mesma.
-Você não toma banho assim- eu comentei sorrindo na direção dela. Demi deu de ombros abaixando a cabeça e depois voltando a me encarar.
-Prefiro quando você tira pra mim- disse- É mais emocionante- rimos juntos.
Eu apenas assenti e tirei minha calça, ficando apenas com a box. Aproximei-me e entrei debaixo d’água, puxando-a junto. Aproximei nossos lábios e depois de um selinho demorado, ela me empurrou com carinho.
-Ainda tô suja- disse.
Eu peguei o sabonete e mostrei para ela, que sorriu animada. Eu segurei sua cintura e a fiz virar, ficando de costas para mim. Segurei seu cabelo e joguei para um lado, deixando suas costas livres. Aproximei meu rosto da sua nuca e calmamente comecei a deslizar o sabonete por sua pele.
-Você já fez isso antes?- eu perguntei notando a respiração descontrolada dela.
-Você quer saber se alguém já fez isso comigo antes- ela forçou uma risada abafada. Eu sussurrei um “Uhum” no ouvido dela e acariciei sua cintura com a mão livre do sabonete- Não- ela confessou e eu abri um pequeno sorriso.
Ensaboei as costas dela e alisei sua cintura com as mãos escorregadias. Desci o sabonete até seu quadril e segui por suas pernas. Eu ia sempre acariciando-a conforme  a ensaboava e ouvia seus suspiros de vez em quando. Terminei a parte de trás e, ainda abaixado na altura de suas pernas, eu segurei seu quadril virando-a novamente. Olhei para cima e vi Demi sorrindo com uma de suas mãos no rosto. Eu ri e ela se juntou a mim, sacudindo a cabeça em reprovação.
Comecei por seus pés e subi delicadamente, beijando a parte interna de sua coxa. Mordi a borda de sua calcinha com um sorriso no rosto e a ouvi sussurrar meu nome. Subi por sua barriga e finalmente larguei o sabonete de lado. Minhas mãos ainda estavam cheias de espuma e por isso eu segurei sua nuca juntando nossos lábios. Nos envolvemos em um beijo lento e apaixonado, ensaboado também, e Demi se afastou um pouco.
-Acho que é a minha vez- ela deu de ombros, um pouco tímida. Eu amava isso nela, porque a maior parte que eu conhecia sobre Demi não tinha nada de timidez. E quando ela parecia envergonhada era simplesmente fantástico e surpreendente ao mesmo tempo.
Talvez fosse porque ela soubesse o que estava fazendo quando estávamos juntos na cama, sabia muito bem e tinha experiência. Mas quando se tratava de algo não muito comum, ela parecia achar que de alguma forma faria aquilo errado. O pensamento mais estúpido de todos.
Ela fez basicamente o mesmo comigo, só que com mais sensualidade e provocação, claro, porque era disso que ela gostava e ela era boa nisso. Suas mãos passaram por todas as partes do meu corpo, sempre quentes e macias, fazendo-me ferver por dentro. O desejo crescia absurdamente dentro de mim e eu sabia que eu tinha que me controlar, porque ali, naquele momento, o que eu queria mesmo era senti-la como eu acho que nunca fiz antes.
Suas mãos deslizaram da minha nuca até meu peito com muita calma e carinho. Demi distribuiu beijos por todo o meu peito e mordiscou minha orelha me fazendo apertar sua coxa com força.
Beijamo-nos conforme ambos nos acalmávamos e eu a empurrei delicadamente até ficarmos debaixo d’água por completo. Assim eu conseguia acalmar meus hormônios.
-Vira- eu pedi para ela o fazer, e Demi me encarou desconfiada mas com um sorriso divertido no rosto- Você ainda tem molho no seu cabelo- avisei enquanto pegava o shampoo.
Eu lavei seu cabelo, não completamente, apenas coloquei muito shampoo, até demais, e fiz muita espuma. Comecei a me divertir com aquilo, fazendo penteados divertidos e vendo como o cabelo adquiria às formas que eu fazia.
-Ei- ela reclamou roubando o pote da minha mão. Derramou menos shampoo do que eu nas mãos, porém mesmo assim fez tanta espuma quanto no dela.
Nós rimos juntos e nos divertimos com a espuma, com a água e com tudo que podíamos. Mas eu mantive Demi virada de costas para mim quando ela enxaguou o cabelo e eu passei o condicionador. Quando ela estava passando as mãos no cabelo para tirá-lo, eu abri o fecho de seu sutiã e deslizei as alças percebendo que ela parara o que estava fazendo antes. Deixei que seu colo ficasse completamente descoberto e beijei seu pescoço, soltando vários suspiros em seu ouvido. Ela se virou rapidamente e me beijou intensamente, passando suas mãos por meu cabelo. Eu segurei-a pela cintura e deslizei minhas mãos por seu corpo.

****-****-****

-Aqui, eu peguei umas coisas da Melissa pra você- dei de ombros, entregando o bolo de roupa para Demi que estava sentada na cama, enrolada à toalha, me esperando.
-Ela não vai fazer um escândalo?- questionou. Era óbvio que Melissa não sabia que eu tinha pegado aquilo.
-Olha a minha cara de quem liga- ela riu com o meu comentário.
Depois de se vestir, ela caminhou até mim com um sorriso meigo.
-Isso até que foi bem divertido- comentou rindo.
-Depois você me lembra de agradecer à minha irmã pelo maravilhoso banho que ela nos proporcionou- contornei sua cintura com meus braços.
-Você não vai perder essa oportunidade, vai?- Demi riu quando eu neguei.
-Nunca.
-Você vai comigo? Eu acho que já tá tarde- ela disse.
-Te levo lá- assenti.
-Você já vai?- meu pai perguntou quando descemos a escada juntos. Melissa não estava mais lá, nem Frankie.
-Minha mãe já deve ter chegado do trabalho, já tá ficando tarde- Demi respondeu com um sorriso.
-Eu espero que não tenha ficado traumatizada com a guerra- minha mãe disse e todos rimos, mas ela parecia mesmo preocupada- E que tenha ignorado o que a Melissa disse.
-Sem problemas, tia, tá tudo bem- sorriu- Obrigada pela pizza, tava deliciosa.
-Mas você nem comeu!
-Comi sim, um pedaço antes de ela vir parar no meu cabelo- brincou e nós rimos.
-Eu vou levar a Demi em casa- anunciei antes de caminharmos para fora- Pela primeira vez eu gostei de brigar com a minha irmã.
-Seus pais não brigam com vocês?- ela perguntou curiosa.
-Eles conhecem a filha que tem- dei de ombros.
Fomos caminhando e não trocamos muitas palavras até chegarmos à casa dela.
-É... parece que a minha mãe já chegou- nós dois olhamos para a casa, que estava com as luzes acesas em alguns cômodos.
-Não quer que eu entre com você?- perguntei para prevenir. Eu vi o carro preto ainda parado ali.
-Acho que você tá ficando muito paranoico- ela brincou e eu revirei os olhos- Tá tudo bem, sério. Ela com certeza chegou- afirmou.
-Então a gente se vê amanhã- eu sorri antes de lhe dar um beijo calmo.
Demi sorriu e soltou minha mão. Enquanto ela entrava em casa, eu voltava para a minha. Até que eu ouvi um grito, daqueles que você reconhece de longe.
-Demi- eu gritei já correndo em direção à casa.
Eu não queria entrar e me deparar sei lá, com a mãe dela ou alguma coisa que não merecesse o meu desespero. Eu não tinha conseguido identificar o tipo de grito, por isso me aproximei mais da porta, com a minha mão já na maçaneta.
-Sai de perto de mim- eu a ouvi dizer com a voz abafada e isso me fez abrir a porta com toda a minha força.
Deparei-me com Demi, segurando um taco de baseball e o nosso amigável professor de sociologia, ou Mario, como preferirem, bem na frente dela, sendo ameaçado com o taco.
-O que você pensa que tá fazendo?- eu resmunguei e ele automaticamente se afastou dela.
-Isso é entre mim e a garota, não se mete- resmungou pronto para se aproximar de novo. Ah, se ele realmente achava que eu ia seguir as ordens dele, mudou de ideia quando a minha mão voou naquela cara nojenta. Ele caiu no chão quando se desequilibrou e levou uma das mãos ao canto da boca- Você é meu aluno, seu playboyzinho- ele disse. Tá, eu não entendi no que isso mudava a minha vontade de matá-lo.
-E ela é minha namorada, seu desgraçado- eu disse socando-o novamente. Começamos uma briga feia e eu não prestei muita atenção em Demi, mas eu sabia que ela estava bem, então não tinha com o que me preocupar agora.
-Você vai se arrepender disso- sussurrou em meio ao sangue que caía de seu rosto.
-Eu acho que não sou eu quem vai se arrepender de alguma coisa- respondi depositando toda a minha raiva ali. Repentinamente eu ouvi um barulho de sirenes e ficou claro pra mim que era a polícia quando o imbecil começou a tentar escapar. Só que não seria assim tão fácil-Fica parado ou eu vou arrancar as tuas tripas aqui no meio dessa sala- eu murmurei esperando que os policiais entrassem e segurassem o cara.
-Joe sai daí- eu ouvi Demi pedir, me puxando pela camisa.
-Você chamou a polícia?- perguntei e ela assentiu como se fosse óbvio. Apoiei-me na mesa pra recuperar o equilíbrio e ela segurou meu rosto entre as mãos.
-Você tá bem? Ele te machucou?- perguntou agoniada. Eu forcei um sorriso e segurei suas mãos com as minhas.
-Não, eu tô bem- assegurei- Já o professor...- dei de ombros e ela sorriu encarando os policias colocando as algemas nele.
-Ei- um cara que parecia ser o chefe dos policias ou sei lá o nome que isso recebe se aproximou de nós.
-Joe- eu me apresentei apertando sua mão.
-Bom trabalho rapaz- ele disse- A gente tem alguns médicos e quites de primeiros socorros lá fora, não quer ver esses machucados enquanto eu interrogo a menina?
-Você fica bem?- perguntei à Demi.
-Fico sim, pode ir lá.
-Depois eu vou interrogar você também- o carinha com a placa que dizia “Wilden” avisou. Concordei e caminhei para fora da casa, indo ao encontro dos médicos. Eu não estava machucado, só tinha algumas coisinhas bobas. O tal do Mario tava bem pior.
Depois de alguns líquidos ardidos e uns esparadrapos com gaze, eu já estava me sentindo bem melhor. Talvez só precisasse de um copo d’água e talvez sentar um pouco e respirar fundo. Pelo menos Demi estava segura, e isso era o que me importava agora.
Quando entrei na casa, ela já havia terminado de falar com o investigador e o meu depoimento foi bem básico. Afinal, a única coisa que eu fiz foi entrar na casa, trocar alguns elogios com ele e algumas carícias. Resumindo, não fiz nada além de meter a porrada no filho da mãe.
-Meu Deus o que tá acontecendo aqui?- a voz da mãe de Demi surgiu do nada e quando ela nos viu, caminhou apressada e apavorada- Vocês estão bem?
-Sim- Demi disse- Tá todo mundo bem- levou uma das mãos à cabeça e deitou-a no meu peito. Eu a abracei por trás e vi o investigador se aproximar para conversar com ela. Afastamo-nos e Demi respirou fundo.
-Obrigada- ela disse mexendo no cabelo, nervosa- Eu não sei o que...
-Relaxa, tá tudo certo agora- eu sorri na sua direção e lhe dei um abraço acolhedor- Não precisa me agradecer. Eu disse que ele não ia encostar em você. E eu gostei de bater nele. Foi uma sensação boa.
-É, quem nunca quis bater em um professor- ela deu de ombros e eu ri concordando- Dá próxima vez, vê se me dá ouvidos. Eu disse que tinha visto alguém.
-Você não vai fazer eu me sentir culpado, né?
-Claro que não- respondeu- Só queria deixar claro que não era paranoia- ela disse divertida e eu ri -Tem certeza que não tá doendo?- perguntou tocando uma parte roxa do meu braço. Eu nem tinha percebido aquilo ali.
-Não tá não- garanti segurando seu rosto- Você quer ficar lá em casa?- perguntei e ela sorriu depois negou.
-Eu acho que tenho muito pra conversar com a minha mãe essa noite- deu de ombros- Mas ele já tá preso, agora eu tô mais tranquila, pode ir, sério.
-Se você precisar é só me ligar- eu disse- Vou deixar você com a sua mãe- forcei um sorriso. Eu não queria deixá-la.
-Eu te amo- ela me deu um abraço apertado- Obrigada, mais uma vez- sussurrou em meu ouvido.
-Não tem de quê- beijei o topo de sua cabeça.

Então eu saí, mas não fui direto para casa. Antes eu queria pegar um ar e me acalmar. Depois eu caminhei até a minha casa e respirei fundo antes de ter que explicar aquilo para os meus pais.
Continua... 
Capítulo imenso, que tal? É o maior que eu escrevi, com toda certeza! Mas vocês não comentaram e eu fiquei triste demais :( 
Eu vou entender por causa do Natal e todo o resto, mas comentem, por favor :(
Falando nisso, como foi o Natal, hein? Espero que tenha sido ótimo :3
Amo vocês,
mil beijinhos,
Brubs <3

24 de dez. de 2013

Feliz Natal!



Meus amores, passei aqui  bem rapidinho pra desejar um ótimo Natal pra todos vocês e suas famílias! <3


Até mais :) Amo vocês
Beijemis,
Brubs

22 de dez. de 2013

Capítulo 14

Joe on:
-Você levou a Demi pra casa da Hannah?- David riu alto.
-Ela quis ir. A Hannah tá namorando então agora a Demi meio que saiu do pé dela- dei de ombros- Graças a Deus, odeio crise de ciúmes.
-Você acha que esse namoro dura?- ele perguntou com um sorriso desafiador.
-Acho, ou pelo menos espero que sim.
-Como você saiu da vida de canalha pra namorado fiel, hein?- brincou.
-A única vez que eu realmente pisei na bola foi quando eu fiquei com a Britty enquanto dormia com a Demi. Fora isso eu nunca fui muito galinha.
-Você quase transou com duas ao mesmo tempo- ele sussurrou.
-Eu tava muito bêbado e eu não acho que você precisa me lembrar disso- resmunguei.
-Heeeey, qual o assunto?- Demi sorriu e me abraçou colocando seus braços ao redor do meu pescoço.
-O professor de sociologia, o novo- David disse e eu nem mesmo sabia que tinha um novo professor.
-O que aconteceu com o senhor Donalds?- ela perguntou- Eu não gostava nem um pouco dele, mas...
-Sei lá, eu ouvi dizer que ele teve uma briga com alguém da direção- deu de ombros- Mas o novo tem cara de maluco.
-Porque será que eles não conseguem colocar um professor normal pra dar aula pra gente?- eu resmunguei.
-Quando é a sua aula com ele?- Demi perguntou.
-Antes do intervalo.
-A minha também- resmungou- Odeio professor que entra no meio do ano.
-Vem- eu segurei sua mão e a puxei comigo- Vou pegar meus livros no armário.
Caminhamos juntos pelo pátio e enquanto íamos conversando chegamos ao corredor onde ficavam os armários.
-Férias daqui a menos de um mês, eu não tô acreditando- ela comentou escorada num outro armário ao lado do meu.
-Quais são seus planos?
-Você, talvez?!- ela sorriu na minha direção.
-Talvez?- sorri também- Eu tô pensando em fazer alguma coisa com os meninos- dei de ombros- Ficar um tempo em San Diego.
-Você vai viajar com os garotos e vai deixar a sua namorada aqui?- ela ergueu uma das sobrancelhas.
-Ah Demi... não vai ser uma viagem longa, são só alguns dias.
-Não tô falando do tempo- ela revidou- Vocês, quer dizer, um bando de garotos sozinhos em San Diego?
-Eu não vou fazer nada- assegurei.
-Tá bem- ela colocou as mãos ao alto em sinal de inocência. Eu apenas sorri balançando a cabeça enquanto remexia no meu armário.
-Que isso?- perguntei pra mim mesmo enquanto abria o papelzinho bem dobrado que estava entre as minhas coisas.
Demi tirou o papel da minha mão com um olhar já desconfiado.
-Demi- repreendi.
-Camila, Joe?- ela perguntou séria.
-Hã?- eu peguei novamente da mão dela- Ah sim, isso é velho- eu expliquei. Não que isso fosse adiantar muita coisa, mas era velho mesmo.
-E tá aqui porque...?
-Porque talvez esse ainda seja o telefone dela- eu brinquei e ela me fuzilou com os olhos.
Eu a encarei por um tempo, seu rosto com aquela expressão de “vou te matar” me dava medo. Rasguei o papel com muita pena mesmo porque eu gostava de ter o telefone das pessoas, mas eu não ia pedir pra ela esperar enquanto eu salvava no meu celular, eu podia conseguir isso fácil se quisesse. Caminhei até a lata de lixo que estava bem próxima de nós e joguei os pedacinhos de papel ali, ainda encarando Demi.
-Satisfeita?- perguntei.
Ela revirou os olhos e ajeitou a mochila nas costas antes de sair andando em direção à sua primeira aula. Eu terminei de pegar as minhas coisas e fui para o outro lado, onde ficava a minha sala.
Assisti àquela aula ridícula de geografia, sinceramente eu não sei pra que aquilo servia, mas eu era obrigado e tinha que passar de ano, então esse era o único jeito. Depois de mais 2 tempos de mais matérias desnecessárias, eu fui até a sala onde tinha a mesma aula com Demi.
-Você não conseguiu esquecer isso nem depois de 3 tempos de matemática?- eu perguntei quando ela me encarou ainda séria.
-A Camila tava na minha frente durante os 3 tempos- Demi resmungou e se sentou ao meu lado. Eu tentei prender o riso mas não deu- Joe!- ela reclamou, abrindo um pequeno (muito pequeno mesmo) sorriso.
Eu lhe dei um beijo no canto da boca e me sentei quando o novo professor entrou na sala. Ele definitivamente tinha cara de maluco, qualquer um podia ver isso e eu acho que ele assustava também, porque quando eu encarei Demi, ela estava com uma expressão terrível.
-Bom dia pra todos vocês, eu sou o senhor McField e é isso que vocês precisam saber- ele disse numa velocidade inacreditável- Agora rapidamente me digam seus nomes.
Ele perguntou um por um e a cada segundo eu pensava como aquele cara era estranho. Ele não era... feio. Mas sei lá, dava nojo.
-E o seu, gracinha?- ele olhou para Demi com um sorriso que eu não gostei.
-Demi- ela sussurrou.
-Como?
-Demi- ela repetiu um pouco mais alto. Não sei por que, mas ela não parecia nada bem.
-Hum, nome bonito- deu de ombros.
Enquanto ele remexia alguns livros sob a bancada, eu me inclinei para perto dela.
-Você tá bem?- sussurrei. Ela apenas me encarou assentindo.
Sabe quando um professor cisma com você? Então, aquele cara cismou com a Demi. E isso me deixou com raiva, mas depois de um tempo eu abstraí.
Quando a aula acabou, a única coisa que eu ouvi além do sinal foi o suspiro dela. Parecia que agora ela podia relaxar. Eu fui até o outro canto da sala conversar com Louis enquanto ele procurava o dinheiro na mochila.
-Joe, eu preciso falar com você- Demi se aproximou rapidamente.
-Calma aí, eu...
-Não, tem que ser agora- ela segurou meu braço e me puxou com força para fora da sala.
-O que deu em você?- perguntei confuso.
De repente nós esbarramos no professor, que por algum motivo estava indo na direção da sala novamente. Talvez tivesse esquecido alguma coisa.
-Opa cuidado- ele disse com um sorrisinho simpático- Pra que tanta pressa, Demi?-brincou.
-Acho que não é da sua conta- ela respondeu ríspida e meu queixo caiu. Como assim? Ela tava maluca, né?
Eu tava esperando por uma bronca, uma suspensão, mas ele apenas manteve o sorriso enquanto Demi agarrava com mais força o meu punho, me puxando para longe dali. Depois de alguns passos eu a parei.
-Demi- eu segurei seus braços- O que tá acontecendo?
-Você tem ideia de quem é aquele cara?- perguntou e eu parei um pouco para pensar.
-O nosso novo professor de sociologia?- tentei.
-É o cara que saiu com a minha mãe e tentou me agarrar, você lembra que eu te contei isso?
-Tá de sacanagem- eu murmurei.
-Ele não devia estar aqui, eu achei que ele tivesse saído da Califórnia.
-Por isso ele não parava de te encarar e ficava te perguntando as coisas- eu concluí.
-Porque raios esse cara tá atrás de mim?- ela questionou agora mais nervosa.
-Você acha que ele veio pra cá por causa de você?
-O que mais ele ia fazer aqui? Tanta escola no mundo, tanta gente, ele sabia que eu estudava aqui, você viu como ele cismou comigo e o sorrisinho dele agora pouco.
-E o que você quer fazer?- perguntei.
-O que eu posso fazer?- ela deu de ombros- Que droga, eu odeio esse cara. Só de pensar que ele tá aqui... arg.
-Demi... você não me disse que ele tinha tentado de agarrar- eu me lembrei- Você me disse que ele deu em cima de você.
-ah, dá no mesmo- desconversou.
-Não dá não- eu retruquei- O que exatamente ele fez?
-Nada demais- garantiu- Ele não só deu em cima de mim mas não chegou a me agarrar. O problema é que se ele tiver a oportunidade ele não vai deixar escapar.
-Isso é perigoso, Demi, você não pode deixar pra lá e não falar disso com ninguém.
-Ele não me fez nada, eu vou acusar ele de que?- perguntou- Eu posso estar paranoica e na verdade ele não tá nem aí pra mim.
-Ok, ok- eu concordei- Se ele chegar perto de você eu dou um jeito, tá? Esse cara não vai encostar em você de jeito nenhum.
Ela abriu um sorriso e me abraçou enquanto eu depositava um beijo em seus cabelos.
-Qual o seu próximo tempo?
-Hum...alguma coisa nem um pouco necessária- eu dei de ombros- Tá afim de sair? Só não posso ir pra casa, meus pais tão de folga hoje- revirei os olhos.
-Pois a minha mãe não está- ela sorriu.
Nós demos um jeitinho pra sair de lá e fomos andando até a casa da Demi. Ela disse que ia pegar um copo d’água e eu aproveitei pra subir e me jogar na cama dela.
-Cara, eu amo a sua cama- murmurei com a cara enterrada nos travesseiros.
-E eu amo você nela- ela disse com uma voz engraçada que me fez rir.
-Então vem aqui- eu chamei me deitando com a barriga para cima.
Demi trancou a porta atrás de si e caminhou até mim. Ela subiu na cama com calma e deslizou sua mão pelo meu peito enquanto colocava suas pernas ao redor do meu corpo. Eu sorri sem encará-la e levei minhas mãos para trás das suas coxas, puxando-a para mais perto.
Demi usava uma saia rodada, aquelas de uniforme mesmo, e eu a empurrei delicadamente para cima. Deixando suas pernas descobertas, eu levei meus lábios até a parte interior da sua coxa e senti as mãos de Demi puxando meu cabelo. Eu gostei daquilo e comecei a acariciá-la bem ali, fazendo-a respirar pesadamente.
Puxei-a pela nuca e direcionei minha outra mão para sua cintura. Enquanto alisava suas costas, sua blusa ia saindo de dentro da saia e subindo conforme eu a puxava para beijá-la.
Beijei seu pescoço cuidadosamente, com muita calma, e Demi puxou minha blusa, tirando-a. Depois de alisar minhas costas, ela se afastou um pouco para que eu pudesse tirar a sua.
Ela me encarou pacientemente conforme eu desabotoei todos os botões de sua camisa. Sempre que um novo pedaço de pele era revelado, eu depositava um beijo ali. Demi segurou minha nuca e me puxou para perto, mas não juntou nossos lábios. Em vez disso, ela beijou meu pescoço e desceu calmamente até o cós da minha calça. Depois de desabotoá-la, ela tirou sozinha sua saia enquanto eu cuidava da minha calça e voltou e me encarar com aquela expressão fofa mas ainda assim tentadora.
Segurei sua cintura e fiquei por cima dela, sustentando o peso do meu corpo enquanto lhe dava um beijo. Demi colocou suas mãos em meus braços e me puxou, fazendo nossos corpos ficarem juntos, sem mais nenhum espaço.
Demi levou uma de suas mãos até meu cabelo e deslizou a outra pelas minhas costas, parando sobre a minha box. Eu separei nossos lábios e mordi sua orelha com vontade ainda que tivesse cuidado para não machucá-la. Caminhei com minhas mãos por todo o seu corpo e ela o enterrou mais na cama, respirando com dificuldade. Me afastei antes que ela tirasse minha box e a observei deitada na cama, seus olhos fixos nos meus, ardendo em desejo.
Comecei um caminho de beijos, descendo por seu pescoço em direção à sua barriga. Beijei a parte descoberta de seus seios e depois de beijá-la por todo o corpo, eu abaixei as alças de seu sutiã.
-Tira logo isso- ela resmungou rindo entre o beijo que começara.
-Só por causa dessa sua pressa, eu não vou tirar- sussurrei sorrindo maliciosamente.
-Então tiro eu- ela disse.
Mas antes que suas mãos chegassem ao fecho, eu a segurei e a fiz ficar por cima de mim em um movimento tão rápido que fez Demi soltar um gritinho abafado, fazendo-me rir. Eu abri o fecho de seu sutiã e o tirei, trazendo-a para perto e juntando nossos corpos, sentindo sua pele em contato com a minha.
Não demorou muito até que eu tirasse sua calcinha e ela minha box, não demorou nada também até que uma onda de prazer nos invadisse por completo.
********
Continua...
Oieeeeeeee :)
nossa senhora, essa semana foi muito cansativa, cara! eu mal tive tempo de escrever, tive um trilhão de festas, formatura... socorro. 
Enfim, tá aí o capítulo! vou sair daqui a pouco de novo, mas dessa vez eu respondi aos comentários :D
Amo vocês, 
muito obrigada,
beijocas, Brubs <3

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