Chapter 66- Defending...
Quando me virei para encará-lo, ele estava mais próximo do que eu esperava. Tentei me afastar, chegando para trás, mas esbarrei no bebedouro.-Sabe porque não? Porque eu já sei o que vai fazer, vai me pedir desculpas- expliquei- Por coisas que não são da minha conta. Eu não quero isso, não quero que se sinta obrigado a nada por causa de mim, isso é ridículo- disse nervosa, enquanto me inclinava mais para cima do bebedouro, ele estava bem perto.
-Não me sinto obrigado a nada...- respondeu, com o tom de voz calmo- Só...
-Demi, já está tudo pronto- ouvi Sr. Fields se aproximando.
-Da licença- pedi a Joe, ele se afastou- Como já disse, não posso agora.
-Você vai ficar?- perguntou.
-Sim, tenho coisas a resolver...
-Demi, nós... Ah, olá, Joe!- sorriu ao vê-lo, dando-lhe um aperto de mão- Estava estranhando que não viesse hoje, Demi disse que tinha um compromisso.
-Ér... eu consegui um tempinho- Joe sorriu.
-Bom, Demi, já podemos ir- avisou- Joe, você nos acompanha? Não sei se a Demi já te disse, mas hoje ela fará as provas das roupas que usará no concurso... era para ser uma "surpresa", mas como é namorado dela... acho que posso abrir essa exceção- sorriu.
-Eu...- percebi que Joe não sabia muito bem o que responder.
-Bom, vou deixá-los em paz por mais alguns segundos..- riu, se afastando- 1 minuto, Demi- gritou, já de longe.
-Você... vem?- perguntei, sem olhá-lo, sem mostrar nenhuma reação.
-Se importa se eu for?- perguntou, receoso.
-Você que sabe, Joe... Foi o Sr. Fields quem te convidou, não eu. Não tem que me pedir permissão- dei de ombros, cruzando os braços.
-Me responde, eu não vou se não quiser. Posso inventar uma desculpa sem nenhum problema- afirmou- Seja sincera- pediu.
-Você pode ir, sério- forcei um sorriso- Só... vem antes que ele me carregue pelos cabelos- ele riu.
-Tudo bem- sorriu, apoiando sua mão em minhas costas, em um ato de carinho. Senti uma corrente elétrica passando por todo meu corpo, porém não podia mentir, dizendo que não foi confortante.
Fomos andando tranquilamente até a sala, que estava transformada em um completo camarim. Haviam muitas roupas e algumas mulheres, já velhas, e com muitas plásticas nos rostos. Uma delas veio até mim...
-Olá, você deve ser Demi- apertou minha mão- É um prazer.
-O prazer é meu- sorri- Esse é o Joe- apresentei, ela fez o mesmo aperto de mão com ele, sorrindo.
-Bom, eu sou Marta- disse- Vamos ao trabalho?- perguntou animada.
-Claro, quando quiser- sorri forçadamente.
A princípio ela pareceu simpática. Quando fomos ver as roupas, acertar os detalhes e tentar bater um papo, ela se mostrou muito impaciente, metida, irritante, mandona...
-Vamos, Demi- ordenou- Tire logo essa roupa e experimente os colãs. Não tenho a vida toda!- resmungou.
-Tudo bem- concordei um pouco incomodada.
Joe estava sentado em um sofá bem ao nosso lado. Ele prestava atenção atentamente a cada detalhe e estava com uma expressão de que não estava gostando nem um pouco daquilo, assim como eu. Quando ela mandou que eu tirasse a roupa, dei uma olhada rápida por todos os lados. A sala estava trancada, havíamos nós, Joe e algumas outras mulheres que faziam diversas outras atividades. Deduzi através de seu olhar que deveria experimentar ali mesmo. Respirei fundo, conformada e olhei rapidamente para Joe enquanto tirava o casaco. Ele pareceu entender e se levantou, com uma carinha fofa.
-Vou tomar um copo d'água- avisou, sorrindo.
Ele saiu e eu senti certo alívio. Mas não posso negar que estava mais incomodada com a presença de todos ali do que com a de Joe. Vesti o colã e ela veio até mim com uma saia e uma espécie de corpete. No conjunto era praticamente um tutu. Era vermelho e brilhante, muito chamativo e definitivamente maravilhoso. Só achava que não caberia em mim.
Joe entrou silenciosamente. Eu estava só com o colã, mas não liguei para isso na hora, já que a mulher ficava falando no meu ouvido a cada dois segundos. Ele me encarou e pareceu pedir permissão para ficar ali. Assenti discretamente, forçando um leve sorriso. Ele correspondeu e se sentou onde estava antes.
-Eu acho que isso não vai caber em mim...- comentei enquanto vestia a roupa.
-Tem que caber- disse- Viu, já entrou! Você que é muito dramática, garota- revirou os olhos.
Eu tinha vestido o corpete. Não fecharia, eu tinha certeza. Ela me virou sem nenhuma delicadeza e apertou o máximo que conseguiu. Eu não estava nem conseguindo respirar direito e ela não se conformava.
-Meu Deus, como isso é possível?- falou consigo mesma.
-Eu disse que não caberia...- avisei.
-Você terá que emagrecer mais, Demi! Não pode ficar comendo demais e esquecer de todo o resto!- disse autoritária.
-Como?- perguntei confusa.
-É o que ouviu! Você engordou muito, tem que aprender a se controlar!
-Mas eu não engordei!- protestei- Vocês não tiraram minhas medidas!
-Não importa, eu fiz essas roupas nas medidas que uma bailaria deve ter! Se não está satisfeita, faça uma dieta!- ordenou.
-Desculpa, mas você está MESMO chamando ela de gorda?- Joe se meteu na conversa, levantando e vindo até nós, com uma expressão impaciente.
-Só disse que ela precisa emagrecer- resmungou.
-ELA é a bailarina, VOCÊ faz as roupas. ELA é a principal, faça o seu trabalho direito. Se não se deu nem ao trabalho de tirar as medidas, trate de fazer de novo- disse em tom óbvio.
-Se ela fosse uma bailarina de verdade, não teríamos esse problema- deu de ombros.
-Se você fosse uma estilista de verdade, faria seu trabalho da forma como deve ser feito. Você está recebendo por isso, certo? Acho que, no mínimo, deveria ter respeito pelos outros- ele disse.
-Eu também sou bailarina e me esforcei para isso- retrucou- Ela precisa ter o corpo adequado.
-Você quer que ela seja uma vareta? Pelo amor de Deus, isso sim é uma mulher de verdade, não essas dançarinas que ficam dias sem comer para emagrecer- resmungou- Aliás, o que você tem haver com isso? Seu trabalho é fazer as roupas e não discutir se ela esta ou não "na forma adequada"- disse de forma debochada- Para dançar.
-Eu já passei por isso, tenho mais experiência!
-Aé? Você disse que é uma bailarina?- perguntou.
-Sim, sou- afirmou.
-Então você poderia participar de um concurso como esse?
-Poderia!
-Então tá. Vista essa roupa- sorriu cinicamente- Já que é "da medida que uma verdadeira bailarina deve ter"- fez aspas com as mãos.
Joe e a mulher ficaram se encarando por um tempo. Ela era um pouco gordinha, sem postura alguma e não tinha um corpo de bailarina.
-Arranjem uma roupa maior para ela- a mulher gritou, saindo de perto de nós. Joe riu.
Eu estava apenas observando tudo, ao lado de Joe. Não sabia o que falar, como agradecer ou se deveria me meter na conversa. Como Joe estava indo muito bem, decidi ficar na minha. Abri um grande sorriso quando ela se virou.
-Aqui- outra moça veio trazer a roupa.
-Vire-se- a mulher segurou meu braço com força e me virou bruscamente, fazendo com que eu quase caísse.
-Ai- reclamei, me apoiando involuntariamente em Joe para não cair.
-Deixa que eu resolvo isso- Joe me puxou para perto e tirou a roupa das mãos da mulher.
-Mas...- ela pareceu confusa.
-Você não parece mesmo querer fazer o seu trabalho- Joe disse- E se é pra tratá-la assim, deixa que eu faço, vai tomar uma água ou encher o saco de outro- resmungou.
Ela o encarou sem acreditar, mas logo depois empinou o nariz e virou o rosto, com aquela expressão metida e arrogante. Saiu andando dali sem falar mais nada.
-Eu mereço...- Joe murmurou consigo, respirando fundo e balançando a cabeça em reprovação.
Segurou em minha cintura com delicadeza, me virando de frente para o espelho. Ele estava atrás de mim, e eu conseguia ver perfeitamente nossa imagem no espelho, aquilo me hipnotizava. Ele forçou um lindo e pequeno sorriso, fazendo com que eu automaticamente tivesse vontade de chorar por estar ali, tão perto. Ao invés disso, abri o maior sorriso que consegui, controlando minha respiração.
Segurou o corpete com uma das mãos e passou a outra pela frente do meu corpo, me envolvendo com a roupa brilhante. Calmamente ele ia fechando a parte de trás, sem pressa alguma.
-Como você sabe colocar isso?- perguntei, tentando parecer natural.
-Eu não sou burro, Demi...- respondeu rindo.
-Ah, tudo bem...- ri.
Enquanto ele fechava, eu segurava a parte da frente. Era bem complicado de fechar e, apesar de ele não ser "burro", eu não sabia como ele fazia aquilo. Porém deveria ser fechado na frente e atrás. Após terminar, ele foi para a minha frente, continuando com delicadeza. Era muito apertado, mas propositalmente. Esse pelo menos cabia. Não pude evitar a sensibilidade em meu corpo, quando sentia ele não próximo de mim. Não sentia sua pele contra a minha, mas o contato já era alucinante.
-Prontinho- sorriu, enquanto terminava de fechar, agora a saia- Ficou linda- sorriu.
-Obrigada- sorri, o encarando.
Me virei para o espelho. Eu estava realmente satisfeita com aquilo, era lindo.
-Será que eu já posso tirar?- perguntei depois de um longo tempo me observando.
-Está tudo certo?
-Sim...
-Então tira- disse- Não vai esperar ordens daquela mulher, né?- riu.
-De jeito nenhum- concordei.
Ele me ajudou a tirar tudo aquilo e eu me senti muito aliviada. Não sabia como dançaria com aquilo, mas daria um jeitinho. Tirei o colã ali mesmo, enquanto ele arrumava o tutu. Eu não me importava tanto com a presença dele, ou pelo menos tentava mostrar isso.
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Chapter 67- I don't know...
-Ei, você- Joe chamou uma das moças que pareciam super atarefadas, elas ajudavam a mulher arrogante- Já que a sua chefe não voltou, fica com isso e avisa que está tudo certo- pediu- Nós vamos indo...
-Tudo bem- a moça concordou apressadamente, pegando a roupa e saindo correndo.
-As pessoas aqui parecem robôs...- Joe comentou, com uma careta- É estranho...
-São escravos, isso sim...
Peguei minha bolsa, coloquei o casaco e saímos da sala.
-Você precisa fazer mais alguma coisa?- perguntou.
-Sim... tenho ensaio agora- murmurei- Ah, eu estou tão cansada...- me sentei em um banco, respirando fundo.
-Só cansada?- se sentou ao meu lado.
-Porque?
-Quando eu sai para... "beber água"- riu e eu acompanhei- Encontrei com o seu professor. Ele disse que você não estava muito bem, me perguntou se tinha acontecido alguma coisa...- deu de ombros- Aconteceu?- perguntou.
-Estaria mentindo se dissesse que não- ri sem humor. Virei minha cabeça para encará-lo. Ele tinha uma expressão estranha, parecia que queria falar alguma coisa mas não conseguia. Talvez fosse melhor mesmo, essa conversa era o que eu menos precisava- Mas eu... só não estou com disposição para dançar.. eu não consigo me concentrar, tem muita coisa na minha cabeça.
-Talvez fosse melhor pedir para ele um tempo... Você não pode ensaiar depois das férias?
-É que... na verdade esse seria o último ensaio em que eu poderia.. errar- fiz careta- Depois das férias eu vou ensaiar com tudo durante as 2 semanas antes do concurso...
-Não adianta dançar se não vai conseguir se concentrar...- disse.
-Eu sei, eu sei- concordei, respirando fundo- Eu to muito tensa pra fazer qualquer coisa...
-E se você tentar relaxar?- sugeriu calmo, sorrindo.
Ele me virou delicadamente, fazendo com que ficasse de costas para ele. Levou suas mãos até meus ombros, fazendo uma massagem confortante. O problema era que ELE ali me deixava mais tensa ainda.
-Parece que quanto mais tento te fazer relaxar, mais tensa você fica- comentou.
-Para com isso, Joe- pedi, me afastando- Eu não suporto mais isso, você não pode brincar comigo desse jeito- disse.
-É só uma massagem inocente- se defendeu, confuso.
-Não- neguei- É uma forma de se aproveitar- disse.
-Demi, eu...
-Vou para o meu ensaio, depois a gente se fala- o interrompi, correndo para a sala.
Não ouvi o que ele tinha para me dizer. Fechei a porta atrás de mim, caindo no choro. Eu me achava ridícula por não conseguir segurar sempre, mas meu coração não sabia lidar com o que quer que fosse que Joe fazia. Ele não podia ficar tentando se aproximar dessa forma, eu não aguentava.
-Sr. Fields, será que eu podia ir para cara hoje?- perguntei, receosa, secando as lágrimas- Não estou me sentindo muito bem...
-Claro, Demi- concordou preocupado- Aconteceu alguma coisa?
-Não, eu...- forcei um sorriso, secando mais uma vez as lágrimas- Só não estou disposta.
-Tudo bem, vá para casa e descanse, será bom para você- sorriu.
-Obrigada.
Decidi sair pela porta dos fundos para não correr o risco de encontrar com Joe. Fui o caminho todo andando rapidamente, bem atenta, me certificando sempre de que Joe não me seguia. Eu só precisava de um banho e algumas horas de sono, foi exatamente o que fiz.
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Quando acordei já era final de tarde. A primeira e única coisa que consegui fazer foi encarar o teto branco bem acima de minha cabeça. Era complicado ter que pensar tanto e tomar essa decisão, mas eu falaria com Joe. Pensei melhor sobre uma curta conversa que tivemos, quando ele me disse que eu o conhecia bem. Era verdade e, por mais que eu soubesse que estava tentando mudar tudo, Joe só queria manter o que ainda podia ter restado de nós. Por um lado eu agradecia, mas por outro, não sabia como lidar com isso. Mas depois de tudo que ele havia feito, não poderia ficar sem ao menos agradecer.
Olhei no relógio e ainda eram seis e meia da tarde. Já estava escuro, mas ainda era cedo. Me esforcei para desviar os olhos da parede branca, espantando automaticamente meus pensamentos e dúvidas. No final, eu sabia que se pensasse muito, iria acabar desistindo. Também sabia que se desistisse, me arrependeria. Vesti um casaco e desci a escada lentamente, tentando ao menos pensar no que dizer a ele. Eu sabia que, na hora, somente coisas não planejadas sairiam da minha boca. Por isso evitei imaginar muito. Além disso, não sabia como ele reagiria.
Não havíamos nos falado desde que eu saí descontroladamente da academia. Obviamente ele já estava em casa, mas eu me perguntava como ele havia reagido ao saber que eu tinha saído, me perguntava se tinha feito certo ao fazer aquilo, daquela forma, se estava certa em relação ao que tinha dito. Queria saber se ele ia me ouvir.
Atravessei o jardim escuro, enrolada ao casaco, sob o leve brilho da lua que começava a aparecer. Toquei a campainha e esperei até que alguém abrisse. Só aí percebi que poderia ter o chamado pela varanda do quarto, mas agora era tarde.
Joe abriu a porta, destraídamente, gritando alguma coisa para alguém que provavelmente estava longe. Só depois ele se virou para me encarar.
-Demi?!- me encarou surpreso- Oi- sorriu de lado, ainda confuso.
-Oi- sorri- Será que a gente pode conversar?- perguntei receosa.
-Só se deixar o clima estranho de lado- disse percebendo que eu estava meio tímida- Entra- sorrimos juntos e ele deu espaço para que eu entrasse.
Passei por ele e fui andando tranquilamente até o sofá. Ele segurou minha mão repentinamente, e eu me virei para encará-lo. Primeiro meu olhar se direcionou até nossas mãos, e depois, encontrou seus olhos.
-É melhor subirmos- sussurrou, um pouco próximo demais do meu ouvido- Tem... parentes em casa- fez careta, se afastando e sorrindo. Ele soltou minha mão e subimos até seu quarto.
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-Não liga para a bagunça...- pediu- Tenho uma prima de 6 anos. Ela está aqui hoje e me ama. Acho que já sabe o resto- eu ri.
-Sem problemas- dei de ombros- E eu sei que você ama crianças...- comentei, brincando com ele.
-Tá, é verdade. Mas as vezes eu só quero ficar sozinho...- disse- Ela não veio num bom dia.
-Eu gostaria de conhecê-la- disse mudando de assunto.
-Ela também adoraria te conhecer- garantiu.
Ele caminhou até a cama, se sentando e fazendo sinal para que eu me sentasse.
-Pode trancar a porta?- perguntou, enquanto eu ainda estava ao lado da porta- É muito risco deixá-la aberta com crianças em casa- fez careta.
-O que elas podem fazer?- perguntei, rindo nervosamente, indo fechar a porta.
-Acredite, teremos mais privacidade para conversar assim- afirmou, sorrindo de lado.
Me sentei a sua frente, com um leve sorriso e a respiração tentando se manter desacelerada.
-Eu...- comecei- vim aqui para te agradecer- respirei fundo, sorrindo e levando meus olhos até os dele- Obrigada pelo que fez hoje- disse agradecida, um pouco envergonhada.
-Eu acho que a única coisa que eu fiz foi atrapalhar tudo, não é?- fez careta, e em seus olhos, eu via arrependimento e decepção- Olha, Demi...
-Não, Joe...- tentei negar antes que ele começasse e a conversa tomasse outro rumo, mas ele me interrompeu e eu percebi que, de qualquer forma, não conseguiria fugir assim.
-Deixa eu falar, por favor- pediu calmo- Pode parecer realmente o que você disse, eu sei. Mas não era a minha intenção parecer abusado. Eu não estava brincando com você de forma alguma.
-Eu sei disso... eu fiquei nervosa na hora e ... pensei errado. É que... tudo que você faz, tudo que fala... me lembra que poderia ser diferente e eu fico confusa com o que está acontecendo. Mesmo sabendo que não foi proposital, eu não consigo, Joe.
-Como não consegue?
-Eu simplesmente... acho que não estou aguentando tudo isso. É demais para suportar...- disse angustiada.
-Se você quer saber, e, ao contrário do que pensa, não está nada fácil para mim também- disse- Mas se eu simplesmente desistir? Você vai tentar manter alguma coisa entre nós?
-Não existe mais "entre nós", Joe...- murmurei, tristemente.
-Não mesmo? Você não quer que exista nada?- ele perguntou e eu apenas abaixei a cabeça- Só estou tentando não perder tudo... não é o que eu quero que aconteça!
-Também não é o que eu quero- afirmei- Mas ao mesmo tempo eu não estou suportando.
-Toda vez que eu estou perto de você o clima é estranho. A gente não se entende e nada funciona. Por que isso, Demi?
-Eu não sei- respirei fundo.
Continua...
Oiiiii!! Que saudade! :o gente, o que eu mais queria era postar pra vocês durante a viagem! Mas eu achei que teria internet, mas não tinha! :s E pelo mobile era impossível postar! :/ Bom, me desculpem! E em relação a demora_ aqueles que "reclamaram"_ eu avisei que estaria fora durante esse tempo... enfim, eu juro que tentei, mas não deu :/ Já que isso aconteceu, aí estão dois capítulos para compensar! Estão bem grandinhos e talvez amanhã eu poste outro! :) Desculpem mesmo e comentem bastante! Espero que gostem! ;) Obrigada a todos, por esperarem e comentarem! *-* Eu não vou respondê-los agora, porque tempo me falta :/ Mas eu amo vocês, tá? <333